A partir desta terça-feira (01), a vacina meningocócica ACWY passou a integrar o calendário de vacinação infantil do Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando a proteção de crianças contra os principais sorogrupos da bactéria causadora da meningite. A medida já está em vigor nas salas de vacinação de Patos de Minas.
Até então, o imunizante era ofertado pelo SUS apenas para adolescentes entre 11 e 14 anos, em dose única ou como reforço, de acordo com o histórico vacinal. A mudança, prevista na Nota Técnica nº 77/2025, amplia o acesso à vacina e prevê a substituição da dose de reforço da meningocócica C pela ACWY em crianças com 12 meses de idade.
O esquema atual de vacinação infantil inclui duas doses da vacina meningocócica C aos três e cinco meses, seguidas por um reforço aos doze meses. Com a nova diretriz, esse reforço será feito com a vacina ACWY.
“Os pais que buscavam essa proteção maior para os filhos precisavam pagar por ela. Ofertar o imunizante na rede pública já na primeira infância é uma conquista muito importante”, destacou Vanessa Vieira, enfermeira da Vigilância Epidemiológica do município.
Segundo o Ministério da Saúde, crianças que já receberam as duas doses da meningocócica C e também o reforço da mesma vacina não precisam, neste momento, ser vacinadas com a ACWY. No entanto, aquelas que ainda não receberam a dose de reforço aos 12 meses devem ser imunizadas com a nova vacina.
Além da meningocócica ACWY, outros imunizantes disponíveis pelo SUS — como a BCG, a pentavalente e as vacinas pneumocócicas (10, 13 e 23-valente) — também são essenciais para a prevenção de diferentes formas de meningite.
Sobre a doença – A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, mas também pode ter origem não infecciosa, como em casos de câncer (com metástase nas meninges), lúpus, reações a medicamentos, traumatismos cranianos ou cirurgias cerebrais. As meningites bacterianas são mais frequentes no outono e inverno, enquanto as virais predominam na primavera e no verão.
Com informações do Ministério da Saúde