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Trabalho multidisciplinar de proteção as vítimas mineiras de violência doméstica é realizado para evitar novos crimes 

Atualmente, são 559 agressores monitorados em Minas Gerais.

Um único sinal de alerta é suficiente. Quando ele toca, toda a equipe de policiais penais envolvidos no monitoramento de homens que cometeram violência doméstica já se prepara para agir. Ao mesmo tempo que a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) é acionada e se desloca até onde está o agressor, no Centro Integrado de Controle e Comando (CICC) agentes fazem contato com a mulher que, no passado, sofreu agressões. O trabalho é feito para garantir que ela esteja bem e protegida. E, nesse caso, a distância entre a vítima e o criminoso é o que garante essa segurança.  

Foi assim que, há algumas semanas, mais um homem foi impedido de agredir sua ex-esposa, na capital mineira. O radar que o acompanha 24 horas por dia apontou que ele se aproximava da residência dela. Para a surpresa dos policiais penais, enquanto eles ligavam para a mulher, para que fosse orientada sobre a aproximação do homem, o botão de pânico que fica com as vítimas foi acionado por ela. Era um pedido de socorro. Prontamente, militares foram deslocados até a casa da vítima e quando chegaram ao local conseguiram surpreender o agressor, que ameaçava a mulher e os filhos dela utilizando uma faca. Ele foi imobilizado, detido e levado para a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A vítima e as crianças foram salvas mais uma vez.  

Monitoramento

Esse é o trabalho rotineiro executado pelos agentes das Forças de Segurança que estão no CICC, de olho em agressores que utilizam tornozeleira eletrônica por determinação da Justiça, e também nas vítimas que são acompanhadas para ter a segurança garantida pelo Estado. Atualmente, são 559 agressores monitorados em Minas Gerais e os policiais convivem, ainda, com outro número preocupante, mas que não tem se transformado em registros de novos crimes: diariamente, 150 violações do perímetro de segurança (espaço que não pode ser invadido pelo monitorado, para garantir a distância da mulher que foi vítima de agressão) são contabilizadas pelos policiais penais. É com a ajuda desse sistema de monitoramento que eles são impedidos de se aproximarem das vítimas.  

No CICC, 80 monitores com 24 painéis diferentes nunca são desligados e vigiam o Estado em tempo real. Mais de mil servidores de 18 instituições federais, estaduais e municipais, estão envolvidos no Centro e desenvolvem um trabalho para reforçar a segurança de Minas Gerais, garantindo a excelência na tomada de decisões ágeis, rápidas e inteligentes, otimizando ainda recursos e ações.   

“É gratificante saber que evitamos um mal maior na vida daquelas que procuram ajuda. E é muito positivo ouvir os relatos das vítimas que nos agradecem pelo trabalho e empenho em mantê-las em segurança”, destaca a coordenadora da Monitoração do MG Mulher no CICC, Aline Mara. 

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