Criada pelo Banco Central do Brasil e lançada em 2020, a nova forma de pagamento que recebeu o nome Pix está sendo utilizada para aplicação do “Golpe do Pix Agendado”. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou, nesta terça-feira (25/10), um alerta sobre esse tipo de artimanha que é classificado como crime de estelionato.
Os autores desse golpe se aproveitam da popularidade do Pix para enganar as vítimas comprando produtos sem realmente efetuar o pagamento e usando comprovantes bancários falsos. O agendamento, em si, não configura golpe. No entanto, isso apenas se ambas as partes estiverem cientes e acordadas de que este é o tipo de transferência a ser utilizado. Afinal, é comum que as pessoas marquem pagamentos para datas futuras como, por exemplo, para o quinto dia útil do mês, que é quando o salário costuma ser pago.
A Polícia Civil explica como funciona o golpe em questão, como se prevenir e como proceder caso torne-se vítima desse crime. Confira:
O golpe está aí e é assim…
- A vítima passa o valor de pagamento e a chave Pix para o golpista;
- O criminoso, agindo de má fé, agenda o pagamento para dias ou horas depois e cancela a transferência;
- O golpista envia o comprovante de agendamento alterado por meio de ferramentas de edição de imagens, fazendo a vítima acreditar que o pagamento foi efetuado;
- O produto ou serviço é entregue ao golpista, mas o vendedor não recebe o valor acordado.
Quem cai não quer; então, para não se tornar vítima…
- Peça sempre o comprovante de pagamento e verifique imediatamente: número de ID ou transação, data e hora, descrição da transferência, informações do cliente/pagador;
- Por se tratar de uma transação instantânea, sempre confira o saldo e desconfie caso o Pix demore a cair em sua conta bancária;
- Repare na tipografia (fontes) usada no arquivo do comprovante e atente-se a erros de português e letras ilegíveis;
- Entregue os produtos ou serviços após a confirmação de que o valor acordado foi transferido para sua conta.
Caí no golpe, e agora?
O “Golpe do Pix Agendado” configura crime de estelionato, por isso, é necessário fazer um boletim de ocorrência (B.O), mas esse passo não é suficiente. A vítima deve procurar a Delegacia de Polícia Civil para fazer a representação para que, a partir daí, a PCMG dê início às investigações.
Para tal, tenha em mãos todas as informações possíveis, tais como aquelas disponibilizadas no comprovante de pagamento e as capturas de tela (prints) caso a transação tenha ocorrido por meio de aplicativos de mensagem como o WhatsApp.
Em Patos de Minas, a Delegacia de Polícia Civil está localizada na Rua dos Carajás, nº 461, no bairro Caiçaras.