Presidente Marcelo Reis fez um balanço das atividades do Mamoré na temporada 2025, com a participação do clube no Módulo II do Mineiro e na Primeira Divisão da categoria sub-20.
A equipe profissional começou bem a competição, na avaliação do presidente e perdeu o embalo na reta final da primeira fase e, principalmente, no triangular decisivo, que daria a chance para o acesso à elite do futebol estadual.
Marcelo considera que em algumas partidas decisivas, principalmente clássicos, a equipe mostrou bom volume de jogo, porém não conseguiu o mais importante no futebol, que é a “bola na rede”.
Segundo ele, a folha de pagamento foi uma das menores do M2, não chegando a R$ 180 mil mensais. Falou ainda que a receita beirou a R$ 1.4 milhão, entre bilheteria, sócio torcedor, bar e patrocinadores.
O time sub-20 teve o aprendizado de uma primeirona e, por força de critérios estabelecidos em regulamento, não conseguiu permanecer. Marcelo falou que “mesmo com pontuação melhor que de equipe classificada, o Mamoré acabou entrando na faixa dos três últimos colocados, que foram os rebaixados. É o regulamento e devemos respeitar.” O Sub-20 teve um custo total entre R$ 150 a R$ 170 mil reais.
Acertos financeiros
Os acertos com jogadores e fornecedores têm datas definidas. Com os atletas, o pagamento final será até o próximo dia 20 deste mês e com fornecedores, entre R$ 50 e 60 mil reais, no máximo até 15 de outubro. Com os jogadores do sub-20 ficou tudo certo. Marcelo informou que dois jogadores do sub-20 foram emprestados ao Paracatu para a disputa da Terceirona, Jhonatha Kaíque e Roquete.
Eleição
O Conselho Deliberativo do Mamoré publicará o edital de convocação para a eleição de diretoria em meados de setembro. Espera-se que a Assembleia se realize em outubro. Segundo Marcelo, que está a dois anos e meio no cargo, “há um clamor” para que ele continue como presidente. A sua intenção, no entanto é apoiar ou até participar com um cargo na chapa a ser formada pelo seu grupo.
SAF
Marcelo defende a Sociedade Anônima do Futebol, sem comprometimento do patrimônio da associação, voltada apenas para a área do futebol, com recursos financeiros para ter competitividade, no profissional e nas bases.
Oposição
Os opositores ao atual presidente estão se movimentando para formação de uma chapa para concorrer. Marcelo disse que “respeita a decisão, já que estamos numa democracia, mas fico contrariado com áudios publicados nas mídias e grupos de whatsapp, desrespeitando a gente”.
O presidente rebate críticas feitas a ele sobre o abandono do Estádio, situação do gramado e cessão do local para outras competições esportivas e fala de investimentos feitos.
“Fomos alvo de vandalismo com a tentativa de roubarem a fiação da iluminação, prejuizo de 30 mil reais. Reformamos os alojamentos com TV, ar condicionado, colchões, guardaroupas, camas, tomadas. Melhoramos o gramado com ajuda, inclusive da FMF, que entrou com quase 50 mil reais, graças ao presidente Adriano Aro, o diretor Las Casas e outros. Mantivemos um eletricista no Estádio durante quatro meses. As calhas foram desentupidas, houve pintura do Estádio por duas vezes foi recuperada a irrigação. Os gastos em obras somaram cerca de 300 mil reais, durante esses dois anos e meio. ”
Sobre o gramado, o mesmo deveria ter sido trocado, pela sua validade de 10 anos, com inauguração em 2009 e isso não foi feito. Disse o presidente: “Aqueles que criticam falando em abandono não devem estar frequentando o nosso Estádio”.
Acesso do rival
Marcelo Reis recebeu muitas críticas pelo empate do Mamoré com o Ipatinga, resultado que acabou beneficiando a URT que, de forma antecipada, conquistou o acesso.
Segundo o presidente, “um grande número de torcedores pediram que o Mamoré entregasse o jogo. Eu não vou chegar no vestiário e pedir isso aos jogadores. Temos que honrar a camisa do Mamoré. Depois que o Mamoré se viu sem condições de se classificar, dispensamos 17 atletas, que não participaram da partida contra o Ipatinga e mais dois que estavam lesionados. O time que entrou em campo tinha a base do sub-20 e conseguiu encarar o Ipatinga, que tinha a responsabilidade do resultado. Coisas do futebol.”
Módulo II
Como se sabe, a fórmula de disputa de um campeonato tem que prevalecer, pelo menos, durante dois anos. A questão dos famigerados triangulares da segunda fase novamente não agradou a ninguém. No próximo Conselho Técnico, os clubes poderão e deverão mudar essa fórmula.
Marcelo Reis defende duas possibilidades. A primeira seria o campeonato com pontos corridos, turno único, com 11 jogos para cada um para se conhecer campeão e vice. Outra fórmula seria com os dois grupos de seis regionalizados na primeira fase. Oito seriam classificados para as quartas de final e, a partir daí, seriam jogos chamados de mata-mata, nas quartas, semi e finais.
Para ouvir na íntegra a entrevista do presidente Marcelo Reis, acesso o Youtube ou Facebook, do programa Bola na Rede, nas páginas da Rádio Clube 98.3, Patos de Minas.