Nesta sexta-feira (14/10), a situação enfrentada pelos servidores do SAMU Municipal devido a não incorporação dos profissionais ao serviço regional foi o tema em destaque no DEBATE 98, com a presença dos antigos trabalhadores do SAMU Municipal Paulo Ferreira e Lara Cristina. A conversa foi conduzida por Jota Ramalho e Edvar Santos. O bate-papo também contou com a participação de ouvintes da Rádio Clube 98.
Na oportunidade, os profissionais falaram sobre a insatisfação da grande maioria dos servidores em relação a realocação do local de trabalho. Paulo Ferreira, que era condutor socorrista do SAMU Municipal, relata que muitos de seus colegas adoeceram devido à realocação em áreas que, segundo ele, não condizem com a ampla experiência e formação profissional dos trabalhadores.
Lara Cristina, que é enfermeira e ex-responsável técnica do Samu Municipal, esclareceu que eles não são contrários ao processo de regionalização do SAMU, mas que seu objetivo principal é agregar os funcionários do antigo serviço municipal ao regional, o que ajudaria, inclusive, no treinamento dos novos servidores.
Paulo Ferreira destacou ainda que para formar “uma equipe redondinha”, como aquela que estava em atividade no serviço municipal, demoraria em média de dois a dois anos e meio.
“Não estamos de forma alguma denegrindo a imagem dos novos profissionais. A gente queria, na verdade, estar junto a eles para agregar. Eles também foram jogados em uma enrascada”, afirmou o ex-condutor socorrista.
O processo de judicialização do caso e as dificuldades enfrentadas para iniciar o processo na justiça, devido à falta de comunicação oficial por parte da administração municipal, também esteve entre os assuntos em destaque no programa. Porém, os servidores enfatizaram que já estão amparados por um advogado e vão, sim, recorrer à justiça pedindo a incorporação ao serviço regional.
Além disso, a atuação da Câmara Municipal em relação ao tema foi amplamente criticada pelo ex-condutor socorrista do SAMU. Paulo Ferreira destacou que, considerando o papel fiscalizador do legislativo, seria obrigação dos parlamentares se aprofundarem no assunto.
Os profissionais também cobraram que o poder público tome alguma medida efetiva, pensando tanto nos servidores como também no fortalecimento do serviço prestado.
Confira a entrevista na íntegra: