Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno afetivo bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo. O dia Mundial do Trastorno Bipolar é celebrado nesta quarta-feira (30), no mesmo dia do aniversário do pintor holandês Vincent Van Gogh, que foi diagnosticado, postumamente, como provável portador do transtorno.
O objetivo da celebração é chamar a atenção mundial para os transtornos bipolares, eliminar o estigma social e levar informação à população, educando e sensibilizando para a doença, que representa um desafio significativo para pacientes, profissionais de saúde, familiares e comunidade.
A causa exata do transtorno afetivo bipolar é desconhecida. No entanto, estudos sugerem que o problema pode estar associado a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como noradrenalina e serotonina.
Esse desequilíbrio reflete uma base genética ou hereditária para o transtorno, que tem como principais características episódios depressivos alternados com episódios de euforia (também chamada de mania ou hipomania, dependendo da intensidade e da duração) e casos em que há uma mescla dos episódios depressivos com os de euforia.
Sintomas
Alguns sintomas comuns da fase de euforia são: sensação de extremo bem-estar; aceleração do pensamento e da fala; agitação e hiperatividade; diminuição da necessidade de sono; aumento da energia; impulsividade; ideias de grandiosidade e sensação de “poder”, dentre outros.
Já na fase de depressão, podemos citar: alterações de apetite com perda ou ganho de peso; humor deprimido na maior parte dos dias; apatia, perda de interesse ou prazer; pensamentos recorrentes de morte ou suicídio; sentimentos de culpa ou inutilidade; desânimo e cansaço mental; tendência ao isolamento tanto social como familiar; ansiedade e irritabilidade.
Tratamento
Transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como o fim do consumo de substâncias psicoativas, (cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo), o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.
O transtorno bipolar tem alto impacto na vida da pessoa e de seus familiares, trazendo significativo comprometimento dos aspectos sociais, ocupacionais e em outras áreas. O avanço dos medicamentos que tratam a doença diminuiu bastante o tempo que era dispendido em hospitalizações fazendo com que o tratamento domiciliar, centrado no cuidado da família e dos amigos seja de suma importância no suporte ao paciente.
Com informações: Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual em Saúde