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Coletivos Locais de Meio Ambiente iniciam 2023 com fiscalizações, levantamentos e ações de preservação

Já foram feitas visitas a microbacias hidrográficas, reuniões de alinhamento e medições de serviços iniciados em 2022
Divulgação

Para proteger a natureza e garantir às gerações atuais e futuras o acesso aos recursos naturais, os Coletivos Locais de Meio Ambiente (Colmeia) estão mobilizados desde o início de 2023 nas cidades atendidas pelo programa Pró-Mananciais no âmbito da Unidade de Negócio Oeste (UNOE) da Copasa. Até o momento, já foram feitas visitas a microbacias hidrográficas, reuniões de alinhamento e até mesmo medições de serviços que tiveram início no final de 2022.  

Os grupos avaliam a necessidade de cercamento de nascentes e reservas; viabilidade de adequação de estradas; possibilidade de plantio de mudas; demandas para construção de aceiros, curvas de nível e bolsões; entre outras questões que demandam a realização das atividades desenvolvidas pelo programa de proteção e recuperação de microbacias hidrográficas da Copasa.  

O Colmeia de Araxá foi quem abriu as atividades do ano. O grupo se reuniu em 3 de janeiro na sede do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá (IPDSA), onde foi elaborado um plano de trabalho para os próximos 12 meses. Na oportunidade, foram apresentados novos representantes de instituições que compõem o coletivo e os membros também manifestaram interesse em participar novamente do edital das águas, da empresa Mosaic Fertilizantes, um projeto anual que visa expandir ações de proteção aos mananciais do município. 

Já no Alto Paranaíba, os membros do Colmeia estiveram na microbacia do córrego Tiros, que abastece a cidade de mesmo nome, em 3 de janeiro. Na oportunidade, realizaram a medição do cercamento iniciado em outubro de 2022. Até o momento, 1.610 metros de cercas foram construídos. A estimativa é executar 4.450 m, totalizando um investimento de mais de R$ 100 mil. 

No dia seguinte (04/01), foi promovida a primeira reunião anual do Colmeia de Rio Paranaíba, com a finalidade de alinhar informações para 2023, fazer uma retrospectiva dos resultados alcançados em 2022 e definir as metas para este ano. A estimativa é que o Colmeia se reúna para definir o cronograma das atividades que serão executadas ao longo de 2023, tais como expansão da captação e revitalização do viveiro municipal.

Os integrantes retornaram à cidade em 20 de janeiro, oportunidade em que visitaram a captação da Copasa, com objetivo de apresentar o local àqueles que ainda não o conheciam. Bem como anunciar que, em breve, serão promovidas oficinas de educação ambiental com produtores rurais para posteriormente iniciar a execução das intervenções no município. 

Em Patos de Minas, em 18 de janeiro, o coletivo esteve na microbacia do córrego Serrote, fiscalizando a marcação dos pontos onde serão construídas mais cercas para proteção da vegetação. Iniciados em novembro, a previsão é que os cercamentos sejam concluídos em março. Cerca de R$ 318 mil estão sendo aplicados na construção de 12 mil metros de cercas em pelo menos nove propriedades. Até o momento, 2 mil já foram executados.  

Noroeste mineiro  

O Colmeia João Pinheiro teve a agenda movimentada a partir de 12 de janeiro. O time iniciou mais uma etapa de limpeza na microbacia do ribeirão dos Órfãos, em uma área conhecida por ter um lixão a céu aberto. Também realizaram uma visita técnica às voçorocas (erosões causadas pela chuva) do município, para traçar estratégias que inibam sua ampliação. 

No mesmo dia, um projeto para reforma do viveiro da cidade foi entregue à Copasa pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para análise e possível custeio pelo Pró-Mananciais. Em 16 de janeiro, o coletivo voltou a analisar a vereda Dona Bernadina, a fim de levantar atividades que podem contribuir com a preservação do local e elaborar um projeto para alcançar tal objetivo. 

Embora o Colmeia de João Pinheiro esteja mobilizado no planejamento de ações, algumas das atividades têm sido estruturadas desde o ano passado e o grupo está comprometido em fazer cada vez mais, conforme afirma o representante do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Alexander Rosa de Castro.

“É muito importante para a bacia de captação, que necessita realmente de algumas proteções para a preservação das nossas águas. Já fizemos cercamentos, plantio de algumas mudas à montante da captação, então pode-se dizer que é um trabalho que contribui para preservar flora e fauna”, concluiu. 

Fauster Bernardes, integrante socioambiental da Copasa, reforçou a afirmativa do colega de grupo.

“As ações do Pró-Mananciais previnem erosões, contribuem para a infiltração da água do solo e com a recarga dos aquíferos. Por meio do trabalho em equipe, o Colmeia consegue apoiar essas atividades e, aos poucos, conscientizar a população da importância de cada um fazer a sua parte na proteção da natureza”, ressaltou.  

Em 13 de janeiro, o Colmeia Paracatu esteve na microbacia do ribeirão Santa Izabel, onde uma medição de cerca foi realizada em uma das propriedades. Os integrantes constataram que, de outubro do ano passado até o momento, 1.020 metros de cercamento já foram executados. Com isso, animais de grande porte não pisoteiam nascentes e a vegetação também é preservada, garantindo a perenidade da fauna e da flora.

Os trabalhos parecem já ter dado resultados. Durante a visita, foram encontradas pegadas de uma onça adulta e, ao que tudo indica, seus filhotes. Posteriormente, foi feita uma reunião com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, oportunidade na qual foram alinhadas informações para ampliar as atividades de educação ambiental na terra do ouro. 

Na data de 14 de janeiro, a medição ocorreu em outra fazenda de Paracatu. As equipes constataram que, de outubro até hoje, o cercamento no referido local bateu a marca de 2.195 metros. Com término previsto para março, serão construídos 22 mil metros de cercas no total, somando um investimento de R$ 540 mil em proteção ambiental em todo município.  

No dia 19 de janeiro, o compromisso foi em Presidente Olegário. Na ocasião, o Colmeia trabalhou no estudo e mapeamento da área de atuação do Pró-Mananciais na microbacia do córrego Saltador, afluente do Ribeirão Três Barras, que abastece o município.  

Pró-Mananciais  

Criado em 2017, o Pró-Mananciais visa proteger e recuperar as microbacias hidrográficas e as áreas de recarga dos aquíferos utilizados na captação de água para tratamento e distribuição ao público. Atua na mobilização da comunidade e de instituições parceiras, com o objetivo de construir coletivamente o sentimento de pertencimento da população à microbacia da região onde está inserida.  

A iniciativa conta com aprovação da Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG) e está presente em 275 municípios em que a companhia detém a concessão dos serviços.  

A atuação socioambiental da Copasa é pautada na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e em seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além dos dez princípios do Pacto Global. O Pró-Mananciais integra o ODS 15 que consiste em proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra, evitando a perda da biodiversidade.  

O programa integra ainda a Agenda ESG da Copasa, sigla que se refere às questões ambientais, sociais e de governança corporativa. Esse termo tornou-se uma forma de se referir ao que empresas e entidades estão fazendo para serem socialmente responsáveis, ambientalmente sustentáveis e administradas de forma correta.  

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