Cinco detentos foram condenados a 96 anos de prisão por homicídio qualificado praticado em uma cela do presídio Sebastião Sátiro, em Patos de Minas. Os acusados foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por matarem o colega de cela Gilson Martins, de 38 anos, no dia 13 de março de 2022.
De acordo com a denúncia, os acusados agiram com animus necandi, ou seja, com a intenção de matar. Eles teriam recebido uma ordem da organização criminosa PCC-Primeiro Comando da Capital para assassinar a vítima, em troca de alteração de celas dentro da unidade prisional.
O crime foi praticado mediante asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. Os acusados ofereceram à vítima um copo de suco com um medicamento que a deixou tonta e sonolenta. Em seguida, eles a estrangularam com uma coberta e a penduraram por um pedaço de tecido em uma grade de uma janela.
O corpo da vítima foi encontrado por outro detento, que acionou a polícia. A perícia constatou escoriações na região nasal, sulco (lesão) na região cervical e sangramento no nariz e boca, incompatíveis com os casos de autoextermínio.
O julgamento dos acusados foi realizado na tarde desta sexta-feira (24-11), pelo Tribunal do Júri da Comarca de Patos de Minas. O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do crime, e condenou os acusados a 96 anos de prisão em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.
As condenações:
– Alex Junior Fideles de Lima foi condenado a 22 anos
– Leonardo Alves de Souza foi condenando a 22 anos
– Marcos Antônio Eugênio de Freitas foi condenado a 22 anos
– Marcos Vinicius de Souza Pereira foi condenado a 15 anos
– Raylan Bebeiano dos Santos foi condenado a 15 anos.