Os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo são acompanhados de um som característico das torcidas: os fogos de artifício, especialmente com estampidos. Em Patos de Minas, a queima de fogos deste tipo no perímetro urbano é proibido por lei. Porém, ainda assim, sua soltura pode acontecer e acabar causando danos severos a animais de estimação, que têm a audição mais sensível do que a humana.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, ruídos acima de 60 decibéis, o equivalente a uma conversa em tom alto, já são suficientes para causar estresse físico e psicológico nos animais.
A fotógrafa Catarina Furtado sabe bem a preocupação que os fogos de artifício podem gerar em relação aos seus cães e gatos. Ela nem sai mais de casa quando há possibilidade de fogos.
“E aí, ele estava querendo entrar em casa, então arranhava a porta e, nisso de arranhar a porta, ele feriu a pata. Quando eu cheguei, ele estava todo ensanguentado, porque estava tentando entrar em casa. Aí, a partir desse momento, eu decidi não sair mais, porque não ia deixar porque o bichinho no sofrimento, por um prazer meu de sair de casa.”
Por causa de sons como fogos de artifício e trovoadas, há risco dos animais se acidentarem, fugirem de casa ou até mesmo sofrerem infarto.
“Não é você pegar, segurar o animal, abraçar, beijar o animal. Não, você dá o conforto pra ele, você dá um lugar para ele se sentir seguro. Esse lugar pode ser um quarto, pode ser debaixo da cama, pode ser dentro de um banheiro, pode ser uma caminha, lugares mais apertados, mas fechados”.
De acordo com a médica veterinária Kellen Oliveira, se não for possível evitar os sons altos, a recomendação é deixar o animal mais à vontade possível. Mas a recomendação principal é já ter acostumado o bichinho com os ruídos, desde as primeiras semanas de vida.
“Quando eles são acostumados a esse tipo de barulho nesta fase, que é das três semanas aos três meses de vida, eles têm uma tolerância maior a esses ruídos, em época de festas de final de ano, Copa do Mundo, então eles sofrem menos”, explica a veterinária.
Outra dica é deixar para alimentar o animal próximo da hora dos jogos. Os brinquedos também podem distraí-lo durante os barulhos mais intensos.
Em casos mais sensíveis, alguns cães chegam a ter convulsões. Antes que isso aconteça, seu médico veterinário pode recomendar algum medicamento ou alternativa natural para acalmar o animal.
A festa da seleção brasileira na Copa do Mundo só será completa se os pets estiverem seguros e bem cuidados.
Fonte: Agência Brasil