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Supressão de árvores em obras da Lagoinha e na Orla da Lagoa Grande é tema de discussão do Codema

Conselheiros aprovaram o corte parcial de árvores na Orla da Lagoa Grande.

A reunião dos membros do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – Codema foi feita de maneira extraordinária para discutir sobre dois projetos importantes de intervenções físicas em Patos de Minas. Um de caráter emergencial, e outro para a implantação de obras físicas do Programa “Viva Patos”. 

O primeiro projeto exposto aos conselheiros foi um pedido da prefeitura, para o corte de espécies em área de preservação permanente (APP) do Córrego Água Limpa, em terreno particular no bairro Lagoinha. Na ocasião, a Diretoria de Meio Ambiente apresentou o Parecer Técnico de nº 64/2022 com Requerimento IEF de nº 162/2022, contendo informações técnicas sobre vistoria ambiental. 

O parecer técnico foi encaminhado para análise do Codema para o corte de árvores na área de preservação permanente do Córrego Água Limpa com o intuito da realização de uma obra emergencial de contenção de talude na referida área de preservação. O talude do Córrego foi cedendo e o imóvel está em risco diz o parecer. São 20 árvores de espécies frutíferas plantadas como pomar pelo proprietário do imóvel, entre elas abacate, mangueira, goiabeira, graviola, entre outras. O Município de Patos de Minas é quem realizará a obra no local.

O parecer foi favorável ao corte. “Por ser uma obra de” caráter emergencial e de utilidade pública, não há como evitar a supressão das espécies citadas no Parecer Técnico da DMA, pois haverá a utilização de máquinas pesadas para ter acesso ao terreno particular para evitar o risco de queda de imóvel e reforçar o talude com a construção de obras de contenção no local’, concluíram. Neste sentido, os conselheiros aprovaram o pedido que, posteriormente, serão apresentadas as medidas compensatórias que o município deverá cumprir em contrapartida à supressão das árvores frutíferas. 

O segundo ponto de pauta apresentado foi o projeto de reurbanização e revitalização do Parque Recreativo Doutor Itagiba, conhecido como Lagoa Grande e cartão postal da cidade. Os projetos arquitetônico e paisagístico prevendo intervenções físicas na orla e ilhas da Lagoa serão realizadas por empresa de engenharia em contrato com a Unimed, dentro do Programa de Adoção “Viva Patos”. 

Conforme o projeto em fase de elaboração pela empresa responsável pelas intervenções físicas, para a instalação de áreas de ginástica, construção de palco, parquinho infantil e a edificação de obras de melhoria no local, será preciso à supressão vegetal de mais de 70 espécies existentes na orla da Lagoa Grande. 

Sobre o presente pedido de corte de quase centenas de árvores na Lagoa Grande, houve grande impasse entre os 14 conselheiros presentes de forma on-line na reunião extraordinária do Codema. Muitos se posicionaram favoráveis ao Parecer Técnico apresentado e outros se posicionaram contrários ao corte da grande quantidade de árvores só por uma questão de estética ou para contemplar as intervenções previstas nos projetos paisagístico e urbanístico. 

Antes da reunião foi feita uma visita na Lagoa Grande por alguns conselheiros, para checar de perto as espécies que estavam identificadas no projeto para serem suprimidas. As justificativas do Parecer Técnico apresentado pela Diretoria de Meio Ambiente é que algumas das árvores estão sobrepondo outras, impedindo o desenvolvimento de muitas delas. E, com isso, torna-se necessário o corte das espécies com pouca desenvoltura. “Existem dezenas de árvores subdesenvolvidas por estar em conflito com outras maiores, somos a favor dos cortes solicitados para que uma espécie não prejudique a outra”, trechos do parecer técnico ambiental. 

Após amplo debate, os conselheiros aprovaram, no primeiro momento, a supressão parcial das árvores, principalmente as espécies consideradas como exóticas e outras que apresentarem quadro fitossanitário de senescência ou em risco de queda. Grande parte dos conselheiros defendeu durante a reunião a permanência das espécies frutíferas romã, as palmeiras jerivá e das árvores saudáveis, sem prejudicar as obras previstas nos projetos paisagístico e urbanístico. 

Segundo o argumento de muitos conselheiros, o projeto deve contemplar também ações pensando na fauna, na flora e em todo o ecossistema presente na área verde da Lagoa Grande, na preocupação de deixar áreas de solo permeável para conter as águas pluviais e outras obras de melhoria na área ambiental e não somente na visão da estética e do urbanismo. 

Fonte: Comunicação Colmeia Patos

Foto: tripadvisor

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