A Justiça de Patos de Minas expediu na tarde desta segunda-feira (03/05) o mandado de prisão preventiva contra Ronan Custódio Miranda, de 47 anos. Ele teria atirado contra a ex-esposa dentro de uma loja de roupas na Avenida Afonso Queiroz, no Bairro Sebastião Amorim em Patos de Minas. No domingo, o suspeito teria ameaçado os próprios filhos.
Segundo informações da delegada de Polícia Civil, Tatiana Carvalho Paiva, após a tentativa de feminicídio, a Polícia Militar deu início aos rastreamentos em busca do suspeito do crime. No domingo, outro boletim de ocorrência foi registrado de ameaça de Ronan contra os filhos do casal. A Polícia Civil iniciou as tratativas com o Ministério Público de Minas Gerais e judiciário para pedir o mandado preventiva de Ronan Custódio.
Na segunda-feira, a Polícia Militar continuava os rastreamentos para tentar prender o suspeito e recebeu informações de que ele buscava auxílio de advogados em Patos de Minas. Em razão do estado de flagrância referente às ameaças feitas por aos seus filhos, incluindo uma menina de sete anos, ele foi conduzido até a Delegacia de Plantão da Polícia Civil.
No momento da abordagem, Ronan estava na condução de uma motocicleta, a qual foi furtada por ele na data da tentativa de homicídio e utilizada para fuga logo após os disparos conta a vítima. O veículo foi encaminhado para o pátio credenciado.
Durante o registro da prisão, o judiciário expediu o mandado de prisão preventiva de Ronan Custódio Miranda. Durante a oitiva, ele ficou calado e disse que só falaria sobre o crime diante do juiz.
A delegada disse ainda que a Polícia Civil teve informações de que o casamento seria bastante conturbado e de muita violência. Segundo a delegada, a informação é que a mulher tinha tanto medo do marido que não chegou a procurar a polícia ou registrar ocorrência.
“Mas ele já a violentou sexualmente, era constante as ameaças e agressões físicas que ele chegou a cortar o cabelo dela uma vez. Ele era muito possessivo e via a mulher como um objeto”, contou a delegada.
Tatiana contou ainda que Ronan não possui posse de arma e teria adquirido o revólver a poucos dias. Ela contou também que ele é aposentado por invalidez, mas que não sabe qual o motivo da aposentadoria. A delegada sabe que ele toma algumas medicações, mas ele conversou normalmente e entendia tudo que acontecia. Ele também trabalhava ultimamente como servente de pedreiro.
Questionado sobre os possíveis problemas psicológicos poder influenciar na prisão, a delegada disse que não. “Talvez no fim, na condenação, alguma coisa assim, até porque, aparentemente, não é uma pessoa incapaz”, explicou.
Sobre a ameaça aos filhos, a delegada disse que no domingo, Ronan estava em contato com um amigo da família e durante uma ligação, ele teria feito ameaça aos filhos. Durante o procedimento do plantão, não ficou constatado a ameaça, apesar dos filhos estarem bastante amedrontados.
Fonte e foto: Igor Nunes