Após tentativas frustradas na última semana, a base de apoio do governador Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa vai pautar novamente o projeto que propõe reajuste de 3,62% para os servidores da administração direta do Estado, que inclui os funcionários da educação, saúde e segurança pública, entre outras categorias. A análise do projeto está marcada para terça-feira (21/5), em reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Os sindicatos e representantes do funcionalismo reclamam que o reajuste proposto pelo governo ficou abaixo da inflação oficial do ano passado, que foi de em 4,52%, de acordo com medição feita pelo IPCA. Por isso, eles têm se colocado contra a proposta e prometem obstruir a votação, ou seja, dificultar a tramitação do projeto para tentar forçar uma negociação com o governo.
O presidente da CCJ, deputado Arnaldo Silva (União), fez a primeira tentativa de avançar com a proposta na última terça-feira (14/5). O projeto foi colocado em pauta na CCJ, onde e aguarda análise. Porém, foi retirado de votação após o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL), que é contra o projeto, apresentar um requerimento argumentando que os representantes do Executivo estadual não estavam presentes, e que era necessário discutir o texto antes de apreciar a proposta.
Na quarta-feira (15), o presidente da CCJ pautou o projeto em uma sessão extraordinária, mas teve que voltar atrás. O projeto foi adiado de novo, desta vez porque o relator, Thiago Cota (PDT), não estava presente na reunião.
Outras categorias
No sábado (18/5), o vice-governador Mateus Simões (Novo), que estava no exercício do cargo enquanto o governador cumpria agendas internacionais, sancionou o reajuste para outras categorias vinculadas ao Judiciário, ao Legislativo e a órgãos autônomos do governo, como o Ministério Público e a Defensoria. Nestes casos, o reajuste foi superior a 4% e se aproximou ou ultrapassou a inflação oficial do período.
Ameaças de greve
Diante do reajuste abaixo da inflação, muitas categorias têm mantido ameaças de greve. Os sindicatos que representam servidores da Polícia Civil, inclusive, admite que os servidores têm atuado na operação “estrita legalidade”, uma espécie de “operação tartaruga” que atrasa a prestação de serviços aos cidadãos. Eles afirmam que muitas unidades estão funcionando em condições precárias, sem condições de prestar atendimento adequado à população do Estado.
Fonte e Foto: O Tempo