Estudo realizado pelo professor da Universidade de São Paulo José Pastore, mostra que haverá uma forte inversão na renda dos jovens. Segundo ele, até então, a maioria daqueles que entraram no mercado de trabalho conseguiram alcançar rendas maiores do que as obtidas por seus pais, mas de agora em diante será raro ver jovens conseguirem, ao longo do tempo, alcançar os rendimentos dos pais.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que há uma concentração na taxa de desemprego sobre os jovens de 18 a 24 anos. A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mostra que a taxa geral de desemprego é de 11%, mas para faixa etária chega a 27%.
Nesta sexta-feira, durante participação na Rádio Clube98, o comentarista do Sistema Clube, Professor Braz Paulo falou um pouco sobre o interessante estudo que apresenta aspectos importantes para o projeção do futuro em relação ao cenário econômico e relacionado ao mercado de trabalho brasileiro.
Segundo o professor e comunicador, quando falamos sobre esse tema, precisamos fazer um retorno para um assunto que já foi repercutido por ele em outras oportunidades: o crescimento de oportunidades no mercado de trabalho para pessoas mais experientes.
“Essa é justamente a outra ponta da notícia, na mesma dimensão que pessoas com mais idade estão conseguindo entrar no mercado de trabalho, justamente porque contam com o fator da experiência. Os mais jovens estão neste momento do lado oposto, ou seja, você estudou, fez um curso técnico ou até mesmo uma universidade porém não tem experiência prática e em um período onde não existe vaga sobrando em muitas áreas, onde temos uma inflação mais alta e as vezes as empresas preferem contratos que inclusive, não são chamados aí de CLT, mas o próprio CNPJ, o jovem já parte em desvantagem,” explicou o professor.
Fazendo conexão com a pesquisa o comunicador também destacou o alto percentual de jovens que ainda moram com os pais ou retornaram para casa da família porque não conseguem mais suportar os gastos para manter uma casa própria ou arcar com um aluguel.
Confira a entrevista na íntegra:
Com informações: Correio Braziliense