O exame de necropsia realizado no corpo da criança de dois anos encontrada morta na manhã da última quinta-feira (27) em Brasilândia de Minas apontou que ela não havia tomado comprimidos nas horas que antecederam a sua morte. A informação foi repassada à imprensa pelo Delegado Regional Dr. Douglas Magela. O exame toxicológico ficará pronto em breve e apontará se houve superdosagem de outros medicamentos.
As investigações, segundo o delegado, se iniciaram assim que a Polícia Civil soube do ocorrido. Imediatamente, uma equipe da perícia técnico científica se deslocou para Brasilândia de Minas para apurar todas as circunstâncias do fato, principalmente da cena encontrada no quarto da criança. Por enquanto, Dr. Douglas apontou que é prematuro tirar qualquer tipo de conclusão.
“Seria prematuro por parte da Polícia Civil, Polícia Técnico Científica, afirmar, neste momento, qual seria a causa da morte da criança. Será preciso o exame de necropsia para que seja determinado se houve o envenenamento ou se a criança veio a óbito em decorrência de outras circunstâncias” ressaltou o Delegado Regional em vídeo gravado ontem e enviado à imprensa de Paracatu, antes do resultado da necropsia.
Dr. Douglas pontuou, ainda, que a vítima era portadora de necessidades especiais, que foi encontrada sem vida em seu quarto e que o local era organizado, assim como o restante da casa, não sendo constatado situação de vulnerabilidade em primeiro momento. Na manhã dessa sexta-feira, 28 de janeiro de 2022, o resultado da necropsia foi revelado.
No vídeo, Dr. Douglas informou que o laudo apontou que o estômago da criança não apresentava sinais de que ela havia ingerido cápsulas e comprimidos nas horas que antecederam a sua morte. Além disso, o delegado ressaltou que o exame macroscópico apontou a inexistência de lesões e sinais de asfixia, assim como foi possível notar que ela era bem cuidada e estava bem nutrida.
“A criança foi submetida a exame necroscópico, não restando evidenciado qualquer tipo, qualquer sinal de lesão corporal na criança, ou sinal que indicasse que ela tenha sido asfixiada, muito pelo contrário, o exame macroscópico indica que tratava-se de uma criança muito bem nutrida, muito bem cuidada. Não foi encontrado, também, qualquer elemento que comprove ou indique que a criança tenha ingerido qualquer tipo de comprimido antes de sua morte. Não havia no estomago dela qualquer tipo ou resquício de comprimido” pontuou Dr. Douglas no vídeo enviado à imprensa.
O delegado pontuou que a criança era especial e fazia uso de medicamentos controlados, o que motivou a realização de exame toxicológico para constatação de eventual superdosagem. Mesmo assim, Dr. Douglas ressaltou que nada evidencia que ela tenha ingerido medicamentos pouco antes de sua morte.
Sobre o estado de saúde da mãe, o delegado esclareceu que ela segue internada e inconsciente e que os demais elementos de prova serão apurados no bojo da investigação criminal. Ao final do vídeo, o Delegado Regional Dr. Douglas ressaltou que o caso é bastante delicado e requer cautela para que se evite pré-julgamentos.
“É importante ressaltar que casos dessa natureza é preciso muita cautela, muito cuidado antes de impor qualquer tipo de condenação ou acusação às pessoas envolvidas nesse cenário. A Polícia Civil segue na investigação criminal, aguardaremos o laudo toxicológico que será encaminhado para Belo Horizonte e em breve teremos mais notícias sobre o caso” pontuou.
As primeiras informações divulgadas pela imprensa foram baseadas nas informações contidas no boletim de ocorrência inicial produzido pela Polícia Militar.
Fonte e Fotos: JP Agora