O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou novas ações de vigilância na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília (DF) desde 17 de julho, monitorado por tornozeleira eletrônica.
A decisão, publicada neste sábado (30/8), obriga a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal a reforçar a fiscalização no entorno do imóvel. O magistrado destacou a necessidade de monitoramento presencial contínuo, considerando que a casa possui imóveis vizinhos em suas laterais e nos fundos, situação que gera “pontos cegos” e pode dificultar a atuação dos agentes.
Além da vigilância reforçada, Moraes ordenou que todos os veículos de visitantes sejam submetidos a vistorias detalhadas antes de deixarem o local. Os agentes deverão checar habitáculos internos e porta-malas, registrando dados de motoristas e passageiros. Os relatórios dessas inspeções deverão ser encaminhados diariamente à Justiça.
As determinações atendem a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que manifestou preocupação com a possibilidade de falhas no controle da área externa. A medida também ocorre quatro dias após o próprio Moraes ter determinado que a Polícia Penal do DF realizasse monitoramento integral do imóvel, em regime de 24 horas, diante do risco de fuga do ex-presidente.
Com essas medidas adicionais, o cerco em torno da prisão domiciliar de Bolsonaro se torna mais rigoroso, ampliando não apenas o controle direto sobre seus movimentos, mas também sobre a circulação de pessoas e veículos em sua residência.