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Médica veterinária do IMA fala sobre a escassez de vacinas contra raiva em Patos de Minas e região

Só em Patos de Minas, o número de cabeças de gado ultrapassa a casa de 200 mil animais

A raiva continua sendo motivo de alerta em Patos de Minas e região, já que a doença é fatal, não tem cura e pode ser transmitida tanto para animais quanto para seres humanos.

Apesar dessa necessidade, a região enfrenta falta de vacinas. A escassez preocupa autoridades de saúde e produtores rurais, que dependem do imunizante para manter os rebanhos e, consequentemente, a população protegidos. Só em Patos de Minas, o número de cabeças de gado ultrapassa a casa de 200 mil animais.

Em entrevista concedida à Rádio Clube 98, a médica veterinária do IMA, Luísa Oliveira, explicou que o desabastecimento ocorre não só na nossa região, mas também em todo o Brasil “devido a uma falta generalizada de insumos para a produção da vacina contra a raiva” e, dessa forma, dificultando a distribuição dos imunizantes em todo o país. Infelizmente, ainda não há previsão de regularização do abastecimento.

A veterinária do IMA também reforçou a importância da atenção dos produtores rurais quanto aos sinais clínicos em seus animais. Entre eles estão dificuldade para engolir, andar cambaleante, paralisias e quedas. Caso sejam identificados, a recomendação é que o produtor acione imediatamente o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e, se houver contato com animais suspeitos, procure atendimento médico.

Brucelose

A reportagem ainda falou sobre a vacinação de brucelose em nossa cidade e na região. Embora o estado de Minas Gerais tenha registrado um avanço significativo na primeira etapa da vacinação contra a brucelose em 2025, Patos de Minas e região deixaram a desejar. No município, foram vacinadas um total de fêmeas vacinadas de 2.610 de um total de 27.885 fêmeas (de 3 a 8 meses), ou seja, apenas 9% do total receberam o imunizante em Patos de Minas.

Já na região que compõe as cidades de Carmo do Paranaíba, Lagoa Formosa, Presidente Olegário, São Gotardo, Tiros, Varjão de Minas e Vazante, o número de fêmeas (de 3 a 8 meses) vacinadas foi de 13.933 de um total de 104.582 animais, resultando em uma porcentagem de 13,32%, um indíce considerado muito abaixo do esperado.

Em contrapartida, no estado, durante o primeiro semestre, 52,8% dos animais foram imunizados, somando mais de 1,3 milhão de fêmeas bovinas e bubalinas. O resultado do estado superou a meta mínima de 40% estipulada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) — responsável por supervisionar a vacinação no estado, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) — às suas unidades em todo o território mineiro como parâmetro de acompanhamento semestral.

Agora, a segunda etapa já está em andamento e cabe aos produtores que tenham bezerras nessa mesma faixa etária no segundo semestre realizar a vacinação até 31/12 e declarar a imunização ao IMA até 10/1/2026. Essa fase é fundamental para que Minas alcance a meta nacional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que exige cobertura mínima anual de 80%, considerando as duas etapas.

Confira a entrevista completa da médica veterinária do IMA, Luísa Oliveira:

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