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Mãe de bebê que teve as duas pernas quebradas alega que marido teria matado outro filho do casal, em João Pinheiro

A criança recém agredida foi encaminhada para o Hospital Regional de Patos de Minas

A jovem de 21 anos, que foi detida juntamente com seu companheiro por tentativa de homicídio contra a própria filha recém-nascida, afirmou que o marido matou outro filho do casal, também recém-nascido, no ano passado. A morte da criança foi objeto de investigação policial mas, à época dos fatos, a mulher sustentou que ela havia morrido de causas naturais. Agora, o caso será reaberto.

A história chegou ao conhecimento das autoridades depois que a jovem foi conduzida à delegacia após levar sua filha de apenas um mês ao hospital com as duas pernas e a clavícula quebradas na segunda-feira (22/05). A bebê foi encaminhada com urgência para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), em Patos de Minas.

Durante o seu depoimento sobre as agressões recentes, a jovem acabou contando que seu companheiro teria matado outro filho do casal, no ano passado.

O portal Clube Notícia já havia noticiado que o casal havia perdido outro filho recém-nascido no ano de 2022. Então, nesta quarta-feira (24/05), a informação foi confirmada pelo delegado Dr. Danniel Pedro, que relatou que a jovem teria alegado que o marido matou a criança, à época, sufocada com um travesseiro porque, simplesmente, não aguentava mais vê-la chorar.

Apesar da gravidade da situação, a mãe teria sustentado por quase um ano que a criança havia morrido de causas naturais e mudado sua versão apenas quando foi questionada nesta segunda-feira, por ter notado a proporção que o caso estava tomando.

“A genitora confessou que, na verdade, quem foi o responsável pela morte dessa criança foi o pai. Que ela estava chorando enquanto ele dava mamadeira e ele, bastante nervoso e motivado por ciúmes com relação à esposa, acabou amarrando a genitora. E, com ajuda de um travesseiro, sufocou a criança até a morte. À época, o laudo apontou que a causa da morte da criança pode ter sido asfixia mecânica, o que corrobora com a versão da genitora nesta segunda-feira (22/05)”, destacou o delegado Dr. Danniel Pedro.

O delegado explicou, ainda, que foi aberto um inquérito para apurar a morte da criança, mas a versão da genitora no sentido de que havia sido morte natural, até então, era tida como verdade. Agora, com sua nova declaração, as investigações serão retomadas e ela também poderá responder pela morte da criança.

“Existiu um inquérito, entretanto a genitora tinha dado declaração diferente da que ela deu na segunda-feira. Dessa forma, o quadro probatório mudou e agora vamos apurar se ela teve participação omissiva pelo crime praticado pelo marido. Se for constatado que ela foi omissa, ela poderá ser indiciada por homicídio. Ela foi ouvida em julho do ano passado”, destacou o delegado.
Fonte: JP Agora
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