O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, anunciou na última terça-feira (16), que o governo de Minas planeja novas medidas para facilitar o acesso às mamografias no Estado. Ele participou de uma audiência pública coordenada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde foi questionado sobre os problemas da marcação e realização dos exames através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Baccheretti garantiu que, nos próximos três meses, uma nova estratégia de articulação do governo com as prefeituras deve ser implementada. As mudanças incluem a criação de um aplicativo específico voltado para a saúde da mulher, com a intenção de facilitar a marcação de exames de mamografia em todo o Estado.
Na avaliação de alguns deputados presentes, mulheres têm recebido diagnóstico tardio do câncer de mama no Estado, algo que atrasa o tratamento e diminui as chances de cura da doença. “Na região metropolitana, a mulher tem que marcar uma consulta para só depois conseguir agendar a mamografia e, no SUS, é quase impossível conseguir um ginecologista. Por que não liberar o acesso sem passar por um posto de saúde?”, questionou a deputada Ione Pinheiro (União).
O secretário de Saúde avalia que, reduzindo a burocracia, o acesso ao exame será facilitado. “O primeiro ponto é tirar a burocracia. A mulher não vai mais ficar jogada na rede e será cuidada do início ao fim do tratamento. Para garantir que 100% das mulheres no Estado tenham acesso rápido aos exames, vamos assegurar que todos os que forem feitos sejam pagos, e a preços de mercado. Mas vamos exigir que o resultado venha também num prazo curto”, apontou Baccheretti, que disse ainda que os municípios devem ser recompensados pela entrega de laudos em tempo hábil.
Ainda segundo o secretário de Saúde, a ideia é garantir que mulheres de 50 a 69 anos tenham acesso ao exame de mamografia, com ou sem pedido médico. “100% das mulheres do Estado, na idade [recomendada], vão ter acesso. Independente de um pedido médico, do que for. Vamos indicar uma consulta ou teleconsulta”, apontou.
Fonte e Foto: O Tempo
