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Gestores da UFU explicam situação da universidade após bloqueio orçamentário; representantes do campus de Patos de Minas mostram intenção de expansão na cidade

Novo corte de verbas dificulta o funcionamento da universidade e demais Instituições Federais de Ensino Superior (IFES)
Foto: Milton Santos/ divulgação UFU

Na tarde desta terça-feira (07/12), Valder Steffen Junior e Darizon Alves de Andrade, reitor e pró-reitor de Planejamento e Administração (PROPLAD) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), respectivamente, realizaram uma coletiva de imprensa para explicar a situação financeira da instituição após bloqueio orçamentário, por parte do Ministério da Economia, aplicado ao Ministério da Educação (MEC).

Bem como ocorre em todas as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) brasileiras, a indisponibilidade de recursos para pagamento de despesas como bolsas de auxílio estudantil, contratos de alimentação, segurança, limpeza e transporte dificulta o funcionamento da universidade.

Conforme explicado por Valder Steffen, o bloqueio orçamentário realizado pelo Ministério da Economia, que atinge o Ministério da Educação (MEC), reflete nas verbas discricionárias das IFES. Isso quer dizer que todo o orçamento previsto para pagamento de despesas do mês de dezembro, como serviços terceirizados e auxílios estudantis, foi zerado, contingenciado.

“Lembrando que nós temos uma parte que se refere a despesas obrigatórias, como folha de pagamento e benefícios, e uma outra que nós chamamos de discricionária. É exatamente sobre essa que nós temos gestão e utilizamos para fazer a administração das universidades. Apesar da inflação existente, os orçamentos não vêm sendo corrigidos pela inflação, essa é uma outra dificuldade e isso apenas agrava ainda mais a situação de dificuldade pela qual temos atravessado”, esclarece o reitor da UFU.

Na ocasião, Valder Steffen também contextualizou a situação financeira da universidade que, assim como outras IFES, tem passado por reduções e contingenciamentos ao longo dos anos. O reitor ainda ressalta que o orçamento previsto para todas as instituições federais de ensino superior para 2023 será inferior ao de 2022, apesar de muitas universidade ficarem em débito, ou seja, parte do financeiro de 2023 será comprometido para pagar as dívidas deste ano.

Darizon Alves, pró-reitor da PROPLAD, por sua vez, explica que não há risco imediato de a universidade fechar em um curto prazo. Isso porque as empresas terceirizadas, de acordo com ele, concordam em contrato de continuar funcionando por até 90 dias sem receber o pagamento.

“A partir do momento que detectada a situação de dificuldade, nós adotamos o procedimento de realizar pagamentos parciais para não descapitalizar significativamente as empresas. […] Nós estamos a menos de 30 dias do final do ano, então, a nossa expectativa é que os serviços continuem. […] Ainda não vislumbramos nenhum indício de paralisação de atividades para o exercícios de 2022”, declara Darizon.

Sobre 2023, Valder Steffen demonstra preocupação com o funcionamento contínuo da universidade, afirmando que “se nada for feito, nós teríamos recursos para funcionar até agosto do ano que vem”. O reitor também comentou sobre o “cenário negativo” ocasionado pelas limitações orçamentárias das agências de fomento à ciência e tecnologia combinada com às das instituições federais de ensino superior.

“Especialmente para as ações que extrapolam a própria educação e vão para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação, comprometendo o futuro do país”, afirmou o reitor da UFU.

A coletiva de imprensa pode ser assistida, na íntegra, no canal oficial da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no YouTube.

Futuro da UFU Campus Patos de Minas

Apesar do cenário de contingenciamento financeiro, Cilésia Pereira e Matheus Gomes, representantes da UFU no Campus de Patos de Minas mostram que a comunidade acadêmica tem interesse em ampliar a presença da instituição na Capital Nacional do Milho nos próximos anos. A intenção foi explanada em conversa com ex vereador Duda, o ex-vice-prefeito Paulo Mota e com o conselheiro Estadual de Saúde Pedro Cunha.

“Estamos em fase de formatação de projetos, mas já temos, com estudos bem avançados de cursos de línguas estrangeiras, de capacitação e formação de jovens e adultos e até cursos pré vestibulares nas regiões carentes de Patos, sendo na região dos bairros Quebec, Jardim Esperança, e na região do bairro Nossa Senhora Aparecida, mais antes queremos conversar com as lideranças ali existentes”, disse Cilésia.

Durante a reunião, foi tratada também a possibilidade dos políticos e conselheiro Estadual de Saúde de “fazer o elo de ligação da universidade com lideranças do governo Lula e com lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), a nível estadual e nacional, para encaminhamentos pertinentes ao MEC”.

Essa alternativa vai de encontro a uma observação do reitor da UFU, que pontuou, durante a entrevista, que o orçamento total para todas as IFES em 2023 é da ordem de R$4,8 bilhões, mas que a equipe de transição da área de educação do futuro governo sinalizou a possibilidade de um acréscimo de R$3,5 bilhões.

“Mas não há nada concluído, nós temos aí uma PEC da Transição sendo apreciada. São conversas, são entendimentos iniciais. E, pelo que sabemos, o que as equipes de transição estão procurando são medidas emergenciais para, nos primeiros dias do governo, serem anunciadas e resolver essas dificuldades mais prementes”, afirma Valder.

Atualmente a Universidade Federal de Uberlândia funciona em quatro espaços em Patos de Minas: no Palácio dos Cristais, na avenida Getúlio Vargas; no laboratório na rua Major Jerônimo; em uma parceria com os Pavonianos; e no Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), em salas alugadas.

Reunião entre representantes da UFU e patenses. Foto: divulgação
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