A Polícia Militar deparou com uma caminhonete RAM parada na Rua Santa Bárbara, no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Patos de Minas — local amplamente conhecido como ponto de venda de drogas.
O condutor, um empresário de 40 anos bastante conhecido na cidade, ao perceber a presença dos militares, iniciou uma arrancada brusca, desobedecendo a ordem de parada emitida pelos policiais, que foi devidamente sinalizada com sirene e giroflex. Ele fugiu em alta velocidade, sendo acompanhado pela viatura.
Durante a fuga, o motorista avançou diversas placas de “pare”, trafegou pela contramão e quase colidiu frontalmente com outro veículo. Ele então acessou a rodovia BR-352 e, mesmo diante de bloqueios policiais, realizou manobras perigosas até alcançar a BR-365, no sentido Patos de Minas–Varjão de Minas.
Durante a perseguição, um passageiro pulou do veículo em movimento pela porta dianteira direita, caindo no acostamento. Com o objetivo de evitar maiores riscos, um dos militares efetuou um disparo de pistola contra o pneu dianteiro da caminhonete. Apesar do pneu ter esvaziado, o condutor continuou em fuga.
Ao chegar na conhecida “Curva da Morte”, o motorista avistou um bloqueio policial e realizou uma manobra de retorno, seguindo no sentido oposto. Já na BR-365, os militares haviam instalado um dispositivo dilacerador de pneus. O condutor desrespeitou novamente a ordem de parada, passou pelo bloqueio e teve três pneus furados.
Mesmo assim, ele prosseguiu com a fuga e, ao chegar à Avenida Rodrigo Castilho de Abelardo, perdeu o controle da direção, capotando a caminhonete, que parou com as rodas para cima.
O condutor foi encontrado consciente, mas com sinais visíveis de uso de drogas: inquietação, confusão mental, desorientação, delírios, alucinações e pupilas dilatadas. Ele permaneceu no interior do veículo até a chegada do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que prestaram os primeiros socorros e o encaminharam para um hospital particular.
A testemunha que havia pulado do veículo foi abordada, submetida a busca pessoal e nada de ilícito foi encontrado. Ele alegou que estava em frente à sua residência quando o condutor chegou e perguntou se ele tinha “óleo” — nome popular do entorpecente conhecido como crack. Disse ainda que respondeu negativamente e, em seguida, aceitou uma carona, momento em que a fuga começou.
Durante a fiscalização da caminhonete, constatou-se que o veículo não estava devidamente licenciado, com o último pagamento referente ao exercício de 2023.
Após receber alta hospitalar, o condutor foi preso em flagrante.