O menino de um ano e sete meses, que teria sido agredido pela mãe e/ou pelo namorado dela, recebeu alta médica nesta quarta-feira (30/11), em Patos de Minas. O garotinho estava internado no Hospital Regional Antônio Dias (HRAD) desde o dia 21 de novembro, quando sua mãe procurou assistência médica na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) alegando que ele tinha sofrido quedas quatro dias antes, sendo presa, em seguida, por suspeita de maus tratos.
Ao receber alta, a criança recebeu o amparo de duas de suas tias-avós e, agora, deve ficar sob os cuidados de seu pai biológico. Ele reside em Ribeirão Preto (SP), para onde a família já retornou, e já pediu a guarda do menino à Justiça.
Segundo informações extraoficiais, a criança chegou a perder a visão devido às lesões sofridas no rosto, além daquelas no peito, nos braços e nas pernas. O menino recuperou a visão, mas ainda tem dificuldade para mover um dos braços. Ele deve passar por sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos.
De acordo com uma familiar, o bebê se recupera bem e ele só está vivo por um “milagre”, considerando a gravidade dos ferimentos. Além disso, ela relatou que o relacionamento com a mãe da criança teria sido sempre conturbado, pedindo justiça pelo pequeno.
A familiar agradeceu o empenho da delegada Tatiana Carvalho, da Polícia Civil, da sargento Poliana, da Polícia Militar, dos conselheiros tutelares e de toda equipe médica do Hospital Regional (HRAD) pelos cuidados com a criança e seu caso.
“Fiz grandes amizades aqui, um pessoal muito acolhedor e que cuidou muito bem do nosso ‘anjo’”, afirmou.
Na noite do dia 21 de novembro, mãe do menino recebeu voz de prisão em flagrante delito, sendo comunicada que o caso denota ausência ou omissão de socorro/cautela e retardamento de socorro injustificado, o que caracteriza, em tese, maus tratos.
Já o namorado da mulher, suspeito de ser co-autor nas possíveis agressões à criança, foi localizado pela Polícia Civil no início desta semana e preso preventivamente pelo crime de maus tratos ao garotinho. Ambos negaram a ação criminosa. A investigação do caso continua acontecendo.
Com informações: Igor Nunes
Relembre o caso: