Mobilizando mais de 400 mil produtores rurais em todo o estado, a campanha de atualização dos rebanhos é uma importante medida que contribui para fortalecer a vigilância sanitária, tornando o serviço veterinário oficial mais ágil e eficiente. Executada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o procedimento segue até 30 de junho.
Todos os produtores rurais de Minas Gerais deverão atualizar os dados de seus rebanhos. A obrigação vale para os criadores de bois, búfalos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, abelhas, galinhas e peixes.
Ao cumprir os procedimentos de atualização dos rebanhos, o produtor deve declarar a vacinação contra raiva de bovinos, bubalinos, asininos, equinos, muares, caprinos e ovinos.
Monitoramento
De acordo com o fiscal do IMA, médico veterinário Natanael Lamas Dias, o cadastro atualizado fornece subsídios para monitoramento dos rebanhos, fortalecendo as atividades de vigilância, principalmente, em casos de emergências sanitárias.
“A partir do dia 1º de julho de 2023, os produtores que não realizaram a atualização do rebanho poderão ser impedidos de emitir Guia de Trânsito Animal (GTA), que é o documento oficial para trânsito animal e contém informações essenciais sobre a rastreabilidade (origem, destino, finalidade, espécie, vacinações, entre outros) e também ficarão impedidos de terem acesso a Ficha Sanitária até que ocorra a atualização do cadastro das explorações pecuárias”, alerta.
Exploração pecuária é o grupamento de uma ou mais espécies de animais sob a responsabilidade do produtor dentro de um estabelecimento rural, organizada por sexo e faixa etária. E a Ficha Sanitária Animal é um documento no qual estão descritos os dados sanitários de uma exploração pecuária.
Fortalecimento da vigilância sanitária
Em abril, o Governo de Minas anunciou a campanha da atualização de rebanhos durante a abertura da Exposição Internacional de Gado Zebu (ExpoZebu), em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
A imunização de rebanhos contra a febre aftosa em Minas foi suspensa, a partir de 2023, o que representou uma conquista histórica para os criadores de gado mineiros.
A Seapa estima uma economia de aproximadamente R$ 700 milhões por ano, para o setor produtivo de Minas, considerando os gastos com imunizantes e pessoal para aplicação, entre outros custos.