Quatro anos depois de serem eleitos na onda da “nova política”, eleitos de Minas Gerais repetem o antigo padrão de formação de clãs e pretendem utilizar as eleições de 2022 para eleger familiares. A estratégia mais comum é que eles concorram a cargos diferentes para que tirem o máximo de proveito das mesmas bases eleitorais.
Nesta segunda-feira (06/6), o comentarista do Sistema Clube, Professor Braz Paulo, falou sobre o assunto repercutido pelo jornal “O Tempo”.
“É aquela brincadeira né, nova política para mim, velha política para você. E não tem novidade nenhuma nisso, sabemos que a política historicamente atrai pessoas, grupos e parentes. A diferença aqui é que no geral o pessoal entrou com um discurso e depois repetiu exatamente o que os adversários faziam,” exemplificou o comentarista do Sistema Clube.
Na oportunidade o comunicador falou sobre dois casos apresentados na matéria do jornal da capital Mineira, onde são citados o senador Carlos Viana (PL) e o deputado estadual, Cleitinho Azevedo (PSC), que se movimentam para lançar familiares para as eleições de 2022.
“Quando estive pessoalmente, com o então senador, Carlos Viana ele falava, qualquer apoio que por ventura eu viesse a ter da pessoa dele, estaria ligado diretamente ao apoio do nome do filho para deputado federal, isso estamos falando de algo que aconteceu ainda lá em 2020, então não é algo novo, isso já era um projeto, já estava colocado como um objetivo, o filho precisava entrar na seara política. Obviamente eu tenho algumas questões muito pessoais em relação ao candidato de fora, principalmente na realidade que estamos, e obviamente eu me recusei,” afirmou o comentarista afirmando que não está pesando nenhum tipo de valor e sim apenas questões totalmente políticas.
Já sobre a família Azevedo, o comunicador também fez uma breve análise, “Nesse caso precisamos observar um detalhe, Cleitinho tem possibilidades reais de ser eleito para o senado e abre possibilidade se o irmão for para estadual ou para federal, e ainda tem mais um irmão que está cursando se não me engano, políticas públicas, que ainda pode sair como candidato em algum momento, ainda não temos certeza desses detalhes, mais o fato é que uma vez no poder, existe sim uma tendência de colocar pessoas próximas, eu repito aqui, eu não condeno isso, o que eu acho que é pesado é a mudança no discurso,” finalizou o comentarista.
Com informações: O Tempo
Confira a entrevista na íntegra: