A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, com efeito imediato, a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda, manipulação e uso de todos os lotes do produto “Metbala” — uma bala tipo gummy que contém tadalafila, substância utilizada no tratamento da disfunção erétil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.
De acordo com a Anvisa, o produto não possui registro na agência, condição obrigatória para a comercialização de medicamentos no país. Além disso, a empresa responsável, FB Manipulação Ltda., não tem autorização para fabricar esse tipo de produto.
“Medicamentos só podem ser vendidos por farmácias e drogarias e precisam estar registrados na Anvisa, o que garante eficácia, segurança e qualidade”, destacou a agência em nota oficial.
A resolução se estende também a qualquer pessoa física ou jurídica, incluindo veículos de mídia, que divulguem, promovam ou vendam o produto.
O caso ganhou repercussão após um influenciador digital com mais de 10 milhões de seguidores divulgar o produto nas redes sociais, afirmando que a “Metbala” seria “100% legalizada e aprovada pela Anvisa” — o que foi desmentido pela agência.
A Anvisa alerta que o uso de tadalafila sem prescrição médica representa risco à saúde, podendo causar efeitos colaterais como queda de pressão arterial, dores de cabeça, distúrbios visuais e reações adversas graves, especialmente em pessoas com problemas cardíacos.
“Automedicação é perigosa e pode levar à morte. A divulgação de medicamentos irregulares é infração sanitária passível de punições, inclusive multa”, reforçou a agência.
A orientação é que a população não consuma o produto em nenhuma hipótese e denuncie casos de venda ou propaganda irregular à Ouvidoria do SUS ou à Vigilância Sanitária local.
