André de Oliveira Paula, acusado de tentar matar uma mulher foi a julgamento na tarde desta terça-feira (19/09), no salão de Júri do Fórum Olympio Borges. O crime aconteceu no dia 13 de setembro de 2021, na rua Sebastião Carrilho de Lima, bairro Jardim Esperança, em Patos de Minas.
De acordo com os autos do Ministério Público, no dia 12 de setembro por volta das 23h, o acusado e a vítima foram para um motel na avenida Marabá para pernoitar. Na ocasião, um amigo do acusado esteve no local, onde fizeram uso de droga juntos.
Ainda no motel, o acusado disse para a vítima que gostaria de vê-la mantendo relação sexual com o amigo, o que de fato acorreu. Após o ato sexual, o amigo foi embora, permanecendo no motel o acusado e a vítima, sendo que o acusado continuou fazendo uso de droga.
Já no amanhecer do dia 13, o acusado e a vítima deixaram o motel e foram para a casa. Neste momento, o acusado, bastante alterado em razão do excesso uso de droga, queria sair da casa para vender a motocicleta, mas foi impedido pela vítima, sendo que os dois foram dormir.
Por volta das 10h30, o acusado acordou ainda bastante agressivo, falando que a vítima havia lhe traído com o amigo e que estaria com ciúmes. Ato contínuo, o acusado desferiu uma cadeirada na cabeça da vítima, causando um corte.
Na intenção de impedir que ela de pedisse ajuda, o acusado continuou a agredi-la com socos, enforcamento, além de ameaçá-la, dizendo que se ela insistisse em pedir ajuda, a mataria.
Ainda não satisfeito, o acusado pegou uma tesoura e um garfo e passou a desferir golpes em todo corpo da vítima. Além disso, continuou com as ameaças, afirmando que se ela chamasse a polícia, mataria ela e a sua mãe. Nesse momento, o acusado trancou a casa, impedindo que a vítima deixasse o local. O acusado ainda quebrou vários moveis da casa.
Já por volta das 16h, o acusado adormeceu, momento em que a vítima pegou as chaves, abriu a porta e saiu do imóvel pedindo socorro a uma testemunha.
Após algumas horas de julgamento, André de Oliveira Paula, de 36 anos, foi condenado a 1 ano e 7 meses de prisão do regime semiaberto.
O advogado de defesa, Thiago Alves, fez um balanço positivo do julgamento.
“Depois longos embates no plenário do Tribunal do Júri, o conselho de sentença chegou num veredito e demonstrou que o acusado não deveria ser condenado pela tentativa de feminicídio e sim pelos atos de lesão corporal. Então como cessou a competência do Tribunal do Júri, voltou para o juiz que condenou o acusado pela lesão corporal”.
