Segundo dados do SUS, enviados pelo governo federal, em dez anos, o número de atendimentos hospitalares por queda entre idosos dobraram em nosso país – de 16.535, em 2013, para 33.544 em 2022 – e de mortes – de 4.816 para 9.592, média de 26 óbitos por dia.
Em Minas, o aumento de mortes foi ainda maior (176%): de 431 para 1.192 no período (veja mais abaixo). O número de hospitalizações no Estado não foi informado pelo governo federal. Entre os motivos da alta, está o envelhecimento da população no Brasil – número de idosos cresceu 57% nos últimos 12 anos – e maior independência desse público.
“Se pensarmos em 20 anos atrás, o idoso sempre morava com a família ou um acompanhante. Hoje, o idoso mora sozinho, faz as suas atividades, vai ao mercado fazer compras, limpa a casa”, exemplifica o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Fernando Baldy dos Reis. Segundo ele, os idosos estão cada vez mais saudáveis e, portanto, seguem ativos. Com uma casa adaptada e outros cuidados, é possível e recomendado que eles mantenham suas atividades.
Quanto maior a idade, maior a gravidade da queda, devido à debilitação dos músculos e dos ossos. De janeiro a outubro de 2023, foram registradas 12.174 internações por quedas entre idosos de 60 a 79 anos, número muito superior às 6.049 internações da faixa acima de 80 anos. No entanto, entre as pessoas com mais de 80, foram 387 óbitos, acima dos 349 registrados entre 60 e 79 anos. As quedas são a terceira causa de morte entre as pessoas com mais de 65 anos no Brasil.