O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), tem reforçado a vigilância sanitária em Minas Gerais desde o fim de 2022, quando o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) emitiu nota de alerta sobre o vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) na América do Sul.
Com o objetivo de proteger o setor agropecuário e a saúde pública, o IMA expandiu ações em três frentes estratégicas, a partir das notificações oficiais dos primeiros focos da doença no Brasil.
Nessas visitas, os fiscais do IMA têm desempenhado também o trabalho de educação sanitária, orientando produtores rurais sobre medidas preventivas necessárias para garantir a sanidade do plantel comercial e das aves de subsistência, ou seja, aquelas criadas em casa, para consumo familiar.
A melhor forma de preservar a saúde dos aviários é a prevenção contra o vírus. Para isso, o avicultor deve reforçar as medidas de biosseguridade.
Algumas ações indicadas pelo Ministério da Agricultura para evitar a propagação da doença são:
- Fortaleça as estruturas de proteção: mantenha os aviários, incubatórios, fontes de água e fábricas de ração longe do contato com aves silvestres, roedores e outros animais. Assegure, principalmente, que os bebedouros e comedouros estejam livres da presença de aves silvestres;
- Restrinja o acesso de pessoas e veículos: evite visitas à granja e, se possível, instale placas de “entrada proibida”;
- Disponibilize um vestiário com espaço de higienização: forneça um local adequado para banho e troca de roupa aos trabalhadores da granja;
- Pratique medidas de desinfecção: higienize rigorosamente equipamentos e roupas utilizados nos aviários, garantindo a redução do risco de contaminação;
- Mantenha a área limpa: não acumule lixo ou entulhos ao redor das granjas, para evitar a presença de animais indesejados;
- Restrinja o acesso a corpos d’água: evite que suas aves de criação acessem lagos, açudes, poças ou tanques de água, que podem ser locais de contaminação. Não forneça água de superfície para suas aves de criação;
- Garanta a qualidade da água: mantenha a sanitização adequada da água de dessedentação das aves e de aspersão, com a presença mínima de 3 ppm de cloro;
- Trate adequadamente a compostagem: certifique-se de que o material seja tratado corretamente antes de ser utilizado como adubo, evitando a disseminação de possíveis patógenos;
- Não atraia aves silvestres: o entorno dos aviários não deve conter plantações de árvores frutíferas, cereais ou qualquer vegetação atraente para aves silvestres;
- Mantenha registros atualizados: controle o trânsito de pessoas e veículos, permitindo um rastreamento eficiente em caso de necessidade.