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Patos de Minas está entre as 10 piores cidades de Minas Gerais para ser mulher, aponta levantamento nacional

O ranking busca pressionar os gestores a priorizarem a pauta da equidade de gênero nos municípios, em consonância com a Agenda 2030 da ONU
Crédito: Quinho

Patos de Minas aparece entre as dez piores cidades de Minas Gerais para ser mulher, segundo um levantamento feito pelo Instituto Socioambiental Tewá 225. A pesquisa avaliou 319 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, com base no cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 5, da ONU, que trata da igualdade de gênero.

O estudo utilizou o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), que leva em conta cinco indicadores: taxa de feminicídio, desigualdade salarial entre homens e mulheres, representatividade feminina no Legislativo, taxa de jovens mulheres que não estudam nem trabalham, e a diferença desse índice em relação aos homens.

Patos de Minas obteve apenas 31,8 pontos em uma escala de 0 a 100 — muito abaixo do considerado ideal. A média nacional foi de 34,5, e nenhuma cidade brasileira ultrapassou os 54 pontos.

Além de Patos, outras cidades mineiras com índices ruins incluem Araxá (24), Ituiutaba (28,6), Sabará (29,3), Poços de Caldas (29,7), Varginha (30,2), Sete Lagoas (30,4), Ipatinga (31,1), Betim (31,5) e Vespasiano (31,7). Ao todo, 30 das 34 cidades mineiras analisadas apresentaram desempenho considerado “muito baixo” em igualdade de gênero.

A pesquisa é coordenada por Luciana Sonck, CEO do Instituto Tewá, que destaca a urgência de ações concretas. “Faltam apenas seis anos para 2030, e os próximos mandatos municipais serão decisivos para avanços reais”, afirmou.

A presença reduzida de mulheres na política local, altos índices de violência de gênero, desigualdade salarial e a falta de serviços de atendimento 24h para vítimas estão entre os fatores que explicam os resultados negativos. Apesar de algumas iniciativas municipais, como centros de acolhimento e patrulhas especializadas, ativistas e lideranças apontam falhas estruturais e ausência de orçamento como principais entraves para políticas públicas efetivas.

O ranking busca pressionar os gestores a priorizarem a pauta da equidade de gênero nos municípios, em consonância com a Agenda 2030 da ONU. Em Patos de Minas, o resultado evidencia o quanto ainda é necessário avançar para garantir às mulheres direitos básicos de proteção, representatividade e igualdade de oportunidades.

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