Seguem abertas até o dia 16 de setembro as inscrições para a 10ª edição do Prêmio Região do Cerrado Mineiro, promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com apoio do Sebrae Minas. A iniciativa visa valorizar o trabalho dos cafeicultores na produção de cafés de alta qualidade, com responsabilidade e rastreabilidade, bem como celebrar a safra.
As inscrições podem ser feitas nas seis cooperativas que fazem parte da Federação, localizadas nas cidades polo e o regulamento pode ser acessado pelo endereço eletrônico: www.cerradomineiro.org/premio. Na edição anterior, foram 348 inscrições e, para este ano, a expectativa dos organizadores é superar esse número.
Uma das novidades desta edição é que o Prêmio vai valorizar também as mulheres, cada vez mais atuantes no segmento do café. As três melhores amostras produzidas por mulheres ou as três melhores produtoras serão reconhecidas com o Troféu Mulher de Atitude.
Outra inovação está relacionada ao aspecto social. Anualmente, cerca de 10% do valor arrecadado com o leilão é destinado a projetos que beneficiam a sociedade. Nesta décima edição, 70% dos recursos serão destinados ao Troféu Escola de Atitude e os 30% restantes para as obras do primeiro Hospital de Amor de Minas Gerais, iniciadas pelo Hospital do Câncer de Patrocínio “Dr. José Figueiredo”.
O modelo de negócios do Prêmio permanece com as inovações apresentadas na última edição, sendo três modalidades: reserva de mercado brasileiro, leilão e safra premiada. Na edição de 2021, o leilão dos vencedores movimentou cerca de R$ 1 milhão e a saca de café mais cara foi vendida a R$ 55 mil.
De acordo com o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, o prêmio é uma oportunidade ímpar para os cafeitcultorres da região terem os seus trabalhos valorizados.
“Esse Prêmio reconhece e valoriza os melhores cafés dos 55 municípios que compõem a Região do Cerrado Mineiro. E nesse ano, a celebração é ainda mais especial: são 50 anos de produção de café no Cerrado Mineiro, que teve início em 1972, 30 anos da federação e dez anos de Prêmio. Temos vários motivos para comemorar”, destaca.
O Prêmio Região do Cerrado Mineiro tem a realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, integrando ainda as seis associações: ACARPA, ACA, Assogotardo, Assocafé, Amoca e Appcer como apoiadoras.
10º edição
O Prêmio é dividido em três categorias: Café Natural, Cereja Descascado e Fermentação Induzida, e o produtor poderá inscrever até duas amostras, sendo uma na categoria Natural ou Cereja Descascado, adicionando mais uma amostra na categoria Fermentação Induzida.
Serão premiados produtores do primeiro ao terceiro lugar para cada uma das categorias, tendo como competidores os melhores cafés finalistas de cada cooperativa. Os vencedores irão receber R$ 5 mil pelo primeiro lugar, R$ 3 mil pelo segundo e R$ 2 mil pela terceira posição. A cerimônia de divulgação dos cafés premiados será realizada no dia 30 de novembro, em Uberlândia.
“O prêmio avalia a qualidade. Para isso, existe uma escala de 0 a 100 pontos para analisar os cafés especiais, sendo que acima de 80 pontos, o produto é considerado especial. Temos uma equipe técnica formada por jurados, que são árbitros competentes para analisar a qualidade desses cafés. São duas etapas: uma classificatória e uma etapa de ranqueamento na qual são elencados os 60 melhores da região, que vão para a grande final do prêmio. São avaliados dez atributos de qualidade para se chegar à pontuação final. Os cafés campeões geralmente atingem entre 89 ou até mais de 90 pontos”, explica Tarabal.
Região do Cerrado Mineiro completa 50 anos
Em 2022, a Região do Cerrado Mineiro (RCM) completa 50 anos. Atualmente são 4.500 cafeicultores, distribuídos por 55 municípios, que se reinventam a cada nova safra, a cada nova geração.
A RCM possui uma área de produção de 255 mil hectares e é responsável por 12,7% da produção brasileira de café e 25,4% da produção mineira. A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido e inverno ameno e seco é uma característica da região. Os cafeeiros são cultivados em áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros e o resultado são cafés com identidade única e alta qualidade.
Os cafés da região têm como características aroma intenso, com notas variando de caramelo a nozes; acidez delicadamente cítrica; corpo moderado a encorpado; sabor adocicado com aspecto de chocolate e finalização de longa duração.