Neste domingo (09), uma mulher acionou a Polícia Militar e relatou que seu marido havia sido vítima de insultos racistas na rua Franklin Honório Couto, no bairro Nova Floresta, em Patos de Minas. O episódio ocorreu dentro de um clube, onde o homem teria sido alvo de palavras preconceituosas relacionadas à sua cor.
Os militares foram até o local, onde a vítima, um homem de 40 anos, relatou que adquiriu ingressos para acessar o clube com sua família. Em determinado momento, ele foi repreendido por uma mulher ao utilizar uma das duchas próximas às piscinas. Segundo o relato, a ducha apresentava um problema de pressão, razão pela qual ele a fechava completamente. Ao tentar explicar o possível defeito à mulher, esta teria continuado a repreendê-lo de forma deselegante, alegando ser sócia do clube e insinuando que, por ele estar na condição de visitante, não estaria cuidando das instalações do local. Diante da situação, a vítima decidiu se afastar da mulher.
A esposa do homem, ao tomar conhecimento dos fatos, percebeu que a sócia do clube, que estava acompanhada de outras pessoas, olhava para a vítima e fazia gestos. Então, dirigiu-se até a mulher para esclarecer a situação. No entanto, nesse momento, presenciou a autora se referir à vítima por duas vezes com a expressão: “aquele preto escroto”.
Os militares solicitaram que a suspeita comparecesse à recepção do clube para prestar esclarecimentos. Questionada sobre as acusações, a mulher afirmou que viu a vítima não fechar corretamente a ducha e, como sócia do clube, procurava zelar pelo espaço. Ela também declarou que faz parte do Conselho Municipal da Igualdade Racial e auxilia em movimentos da cultura afrodescendente, negando ter proferido ofensas racistas contra a vítima.
Diante dos fatos, a mulher, de 43 anos, foi conduzida à delegacia para as providências cabíveis.