A Vigilância Sanitária de Patos de Minas interditou um estabelecimento de procedimentos estéticos após receber denúncia e constatar uma série de irregularidades consideradas graves e de risco à saúde pública.
Durante a inspeção, os agentes identificaram seringas previamente preenchidas sem qualquer identificação obrigatória, como nome do produto, lote, validade e paciente. A proprietária informou tratar-se de toxina botulínica, porém as embalagens apresentadas estavam em miligramas, medida incompatível com a forma oficial de comercialização, feita em unidades.
Também foram encontrados frascos e ampolas manipuladas de Mounjaro (tirzepatida) em nome da profissional, indicando fracionamento inadequado e ausência das vias de receita de retenção obrigatória. No local, medicamentos estavam armazenados juntamente com alimentos, sem controle de temperatura, além de excedentes de preenchedores mantidos após uso, prática proibida pelas regulamentações sanitárias.
Os fiscais ainda localizaram canetas injetoras sem comprovação de origem, supostamente trazidas do exterior, sugerindo potencial circulação irregular. A situação levou ao acionamento de apoio policial. Havia, ainda, tubetes de anestésico possivelmente reutilizados, ausência de lixeira para resíduos infectantes e falta de prontuários dos pacientes.
Além disso, diversos produtos manipulados estavam sem identificação, documentação e armazenamento adequados, em desacordo com a Nota Técnica nº 200/2025 da Anvisa.
Diante da gravidade das infrações e do risco sanitário, a Vigilância Sanitária determinou a interdição cautelar do estabelecimento e realizou a apreensão de todos os medicamentos e materiais irregulares.
O órgão reforça seu compromisso com a proteção da saúde pública e destaca que procedimentos estéticos devem seguir rigorosamente as normas de segurança, garantindo a integridade dos pacientes e a qualidade dos serviços prestados.







