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“É preciso fazer muitas contas, para que uma possível solução imediata não gere consequências gravíssimas no futuro” afirma Braz Paulo sobre proposta do governo federal em relação aos combustíveis

A proposta prevê um acordo com os governos estaduais para reduzir a carga tributária sobre os combustíveis

O governo federal anunciou nesta segunda-feira (6) uma proposta de acordo com os governos estaduais para reduzir a carga tributária sobre os combustíveis e, com isso, tentar frear a escalada da inflação no país.

Nesta quarta-feira (08), o comentarista do Sistema Clube, Professor Braz Paulo, falou um pouco sobre sua percepção em relação a proposta.

“O governo aposta em uma ideia, que é uma ideia ousada, que seria justamente votar uma mudança na constituição, uma PEC e isso permitiria que os estados zerassem o ICMS sob esses produtos ligados aos combustíveis, porém não é uma escolha simples porque vem a fatura e embora todos queiram se não pagar menos pelo combustível, pelo menos não ter aumento a curto prazo. A proposta do executivo é que até o fim do ano, aquilo que os governadores deixarem de arrecadar nos estados em relação ao ICMS, o governo bancaria esses valores, mas estamos falando de uma alíquota de 17% e por exemplo Minas Gerais que tem uma alíquota maior teria que ser renegociado, ninguém quer fazer renúncia fiscal e dependendo de onde saia o dinheiro, outras áreas também podem ser comprometidas” contextualizou o comunicador.

Questionado pelo jornalismo da Rádio Clube98, se ele acredita que um consenso em relação ao assunto, Braz Paulo explicou que único ponto de consenso é que ninguém quer pagar mais pelo combustível.

“Mas quando olhamos para a legislação brasileira que é confusa e complexa e que um movimento feito para frente, pode acarretar muitos problemas para o futuro, existe uma grande insegurança, o senado está discutindo o congresso já discutiu e os governadores e prefeitos estão cheios de dúvidas,” afirmou Braz Paulo.

O comunicador ainda afirmou que “é preciso ter muito diálogo, ter muita conversa, e é preciso fazer muitas contas porque aquilo que aparentemente pode ser uma solução imediata pode gerar consequências que depois podem ser impossíveis de serem administradas,” concluiu o comunicador e educador.

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