Nas últimas semanas, uma travesti foi flagrada, por diversas vezes, em visíveis surtos psicóticos nas ruas de Patos de Minas. A situação ganhou grande notoriedade na cidade pela recorrência dos fatos.
Depois de mais uma crise no último sábado (06/08), ela foi levada novamente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no período da noite. Porém, segundo informações repassadas ao Clube Notícia, ela teria fugido da unidade.
Na manhã dessa segunda-feira (08/08), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) encaminhou a travesti mais uma vez para a unidade.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Patos de Minas (Ascom) informou que a paciente está aguardando transferência para um hospital psiquiátrico em Patrocínio ou Uberaba, via SUS-Fácil.
A Ascom afirmou também que, em todas as crises, a paciente foi recebida na unidade e medicada. Porém, apesar de a UPA ter a função de estabilizar o surto psicótico, a paciente deverá ficar internada até que uma vaga para o tratamento psiquiátrico adequado seja liberada.
Em relação ao processo de transferência da paciente, o jornalismo do Clube Notícia solicitou um posicionamento da Superintendência Regional de Saúde de Patos de Minas que respondeu a demanda por meio de nota.
Confira a resposta da SRS Patos de Minas na íntegra:
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Patos de Minas, informa que o paciente está com solicitação de transferência/internação no sistema de regulação (SUS fácil) em unidades especializadas para atender tal procedimento.
A SES-MG esclarece que, em conformidade à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não menciona qualquer informação individualizada que diga respeito à privacidade dos pacientes.
Como funciona o sistema de regulação (SUS fácil):
O paciente é atendido nos municípios através das pontas de entradas (UPAS e Hospitais), e após avaliação médica, se for constatada a necessidade internação hospitalar, fará o cadastro no sistema de regulação (SUS fácil) de forma virtual, a partir daí através da equipe de regulação composta por médicos, operadores e coordenação avaliará o laudo e encaminhará em seguida para os estabelecimentos (Hospitais que tenham capacidade de resolver a situação do paciente).
Caso receba negativa do estabelecimento por falta de leitos, por exemplo, o laudo é retornado virtualmente e voltará para a central de regulação, que encaminhará então a solicitação de transferência para outro estabelecimento que tenha capacidade de resolução do caso, e assim sucessivamente e diuturnamente, funcionando 24 horas, 7 dias por semana.
Uma vez tendo o aceite do paciente, a central de regulação encaminhará esta informação para o hospital solicitante (de origem), que providenciará a transferência/transporte do paciente para o hospital de destino.