Preocupado com a saúde e bem-estar de seu filho, o senhor Reginaldo Pereira da Silva, de 58 anos, entrou em contato com a imprensa para pedir ajuda em sua busca por um tratamento adequado para o jovem Raninier Rodrigues Silva, de 25 anos, que é dependente químico. Há três dias o rapaz está internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Patos de Minas, onde precisou ser amarrado à cama com lençóis por causa dos surtos.
“Nesse final de semana, lá no Alto da Serra, ele queimou meus ‘trem’ tudo dentro de casa: as roupas, o guarda-roupa, até coberta. Aí liguei para o 190 e trouxemos ele aqui para a UPA com a ambulância do SAMU”, relata o pai.
No entanto, a luta da família contra a dependência química de Raninier não começou com sua internação na UPA. Na verdade, desde outubro deste ano Reginaldo aguarda, com respaldo de decisão judicial do juiz de direito Joamar Gomes Vieira Nunes da Comarca de Patos de Minas, pela internação compulsória de seu filho.
De acordo com o processo:
“[…] DEFIRO o pedido de tutela provisória de urgência e determino ao réu MUNICÍPIO DE PATOS DE MINAS que adote as diligências necessárias para viabilizar a realização da internação de RANINIER WÁLEX RODRIGUES SILVA em local adequado para o tratamento de dependência química, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias, sob pena de sequestro de verbas públicas. Sem prejuízo, transcorrido o prazo sobredito sem cumprimento da ordem judicial, intime-se a parte autora para apresentar três orçamentos atualizados acerca do procedimento ou para que justifique a impossibilidade de o fazê-lo”.
Porém, Reginaldo afirma que continua sem respostas sobre o que será feito com seu filho apesar da decisão judicial.
“Tô aqui com ele. Não tem nenhuma resposta e para casa não posso estar levando ele. Eu estou aguardando aqui, não sei nem quando vou sair, vou dobrando dia e noite”, declara Reginaldo.
O departamento de jornalismo do Sistema Clube entrou em contato com a Prefeitura de Patos de Minas pedindo esclarecimentos a respeito do caso de Raninier Wálex Rodrigues Silva. Até a publicação desta matéria, a Prefeitura ainda não se posicionou. Quando o retorno for realizado, a resposta será inserida neste espaço.
Confira o depoimento de Reginaldo na íntegra: