A partir do dia 30, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que detectarem descontos não autorizados em seus benefícios poderão resolver o problema diretamente nas agências dos Correios. A novidade foi anunciada nesta pelo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz.
A medida surge como alternativa para desafogar o atendimento nas agências do INSS, que sofrem com longas filas e excesso de demanda. Com a parceria, mais de 4,7 mil unidades dos Correios, distribuídas em 76% dos municípios brasileiros, estarão aptas a prestar esse serviço.
O segurado deve comparecer à agência dos Correios levando um documento com foto. No local, será possível consultar se há descontos indevidos vinculados ao CPF e, se for o caso, solicitar imediatamente o cancelamento e o ressarcimento dos valores cobrados de forma irregular.
A maior parte das queixas envolve descontos relacionados a associações e entidades que, muitas vezes, são feitos sem o consentimento dos beneficiários.
A utilização da estrutura dos Correios reforça uma parceria já existente desde 2021, quando as agências passaram a oferecer serviços como prova de vida, emissão de extratos e consultas de benefícios. A expansão visa garantir mais agilidade e facilidade aos segurados.
Além do atendimento presencial nos Correios, os beneficiários podem continuar utilizando os canais tradicionais:
- Aplicativo e site Meu INSS;
- Central telefônica 135.
De acordo com o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, dos nove milhões de beneficiários que receberam notificações sobre possíveis descontos irregulares, mais da metade já fizeram consultas, e quase dois milhões solicitaram ressarcimento.
O INSS alerta que nem o órgão nem os Correios fazem contato por telefone, WhatsApp, SMS ou e-mail para tratar desse tipo de demanda. O atendimento ocorre exclusivamente pelos canais oficiais, presenciais ou digitais.
A medida se soma a outras ações adotadas para proteger aposentados e pensionistas de fraudes e descontos indevidos, problema que tem sido alvo de atenção do governo e de órgãos de defesa do consumidor.