De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o cultivo mineiro de cana-de-açúcar em 2023 impactou em um crescimento de 20% na geração de empregos no setor em comparação com 2022, totalizando a abertura de 540 empregos com carteira assinada.
O aumento é resultado, em boa parte, de uma safra que deve se provar recorde no estado, com mais de 80 milhões de toneladas produzidas. O salto produtivo fez Minas Gerais subir da terceira para a segunda colocação entre os maiores produtores brasileiros, ultrapassando o Estado de Goiás.
Segundo Mário Campos, empresário do setor e presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais: “Para processar todo esse volume de cana, foi necessária a contratação de mais funcionários diretos”. Mas o setor também gera muitas oportunidades de forma indireta, porque tem uma cadeia longa, então a geração real de empregos deve ser ainda maior’’.
O ano de 2024 promissor. O Triângulo Mineiro irá ganhar a sua primeira usina de biometano, um gás natural renovável produzido a partir da vinhaça, resíduo orgânico da cana. Esse biocombustível é altamente eficiente e tem baixo impacto ambiental.
“Além do açúcar, do etanol e da biodiversidade de energia elétrica produzida, nós teremos esse novo produto, gerando oportunidades em Minas Gerais“, comenta o presidente da Siamig.
O biocombustível irá substituir o diesel na frota agrícola da Usina de Aroeira, contribuindo para a redução da pegada de carbono. A proposta visa aproveitar a vinhaça para fins próprios e comerciais. A expectativa é que a venda do biometano comece em abril.