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Polícia Federal prende general Braga Netto por plano de golpe

Foram indiciados pela PF em 21 de novembro 37 pessoas envolvidas na tentativa de golpe identificada nas investigações
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A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã deste sábado (14), o general da reserva Walter Braga Netto. O mandado foi cumprido no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, que tem 40 pessoas indiciadas – entre elas, o militar. De acordo com a instituição, a prisão foi efetivada por obstrução à Justiça. 

Ele foi preso em sua casa em Copacabana, no Rio de Janeiro. Depois da prisão, ele foi levado para a Superintendência da PF no Rio e, por ser militar, será entregue ao Comando Militar do Leste para ficar sob custódia do Exército. No mesmo local, agentes fizeram busca e apreensão. Os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. De acordo com as investigações, a trama consistia em assinar um decreto para manter Bolsonaro no poder.

Dessa forma, impedir a posse da chapa eleita no pleito: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin(PSB). Antes das eleições, Braga Netto foi ministro da Defesa e da Casa Civil do governo Bolsonaro.

Ao todo, foram cumpridos, neste sábado, quatro mandados. Além da prisão preventiva de Braga Netto, há dois de busca e apreensão e uma medida cautelar, que tem ações restritivas diferentes da prisão, “contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal”.

O outro alvo foi o coronel da reserva Flávio Peregrino, assessor de Braga Netto desde o governo Bolsonaro. 

A PF informou que “as medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas” apontadas no inquérito. Os mandados foram cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), com o apoio do Exército Brasileiro.

Entenda

A PF indiciou 40 pessoas na trama que teria atuado para instaurar o golpe de Estado em 2022. Na lista, além de Braga Netto, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e nomes de seu entorno. Há, também, militares.

O relatório da PF com as informações foi enviado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes à Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve analisar se oferece denúncia sobre o caso. Caso decida que sim, os indiciados podem se tornar réus. 

A casa de Braga Netto, em Brasília, foi usada como local de reunião pelo grupo que discutia a trama. Agentes da PF também descobriram que, em meio à tentativa de golpe, militares das forças especiais do Exército, chamados de “kids pretos”planejaram o homicídio de Lula, Alckmin e Moraes.

Indiciados

Foram indiciados pela PF em 21 de novembro 37 pessoas envolvidas na tentativa de golpe identificada nas investigações. Em 11 de dezembro, mais três pessoas foram indiciadas, completando a lista com 40 nomes. Veja todos abaixo:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros                  
  • Alexandre Castilho Bitencourt da Silva        
  • Alexandre Rodrigues Ramagem                      
  • Almir Garnier Santos                                        
  • Amauri Feres Saad                                                
  • Anderson Gustavo Torres                                
  • Anderson Lima de Moura                                
  • Angelo Martins Denicoli                    
  • Aparecido Andrade Portella            
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira                  
  • Bernardo Romao Correa Netto                  
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha              
  • Carlos Giovani Delevati Pasini                      
  • Cleverson Ney Magalhães                            
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira 
  • Fabrício Moreira de Bastos                          
  • Filipe Garcia Martins                                      
  • Fernando Cerimedo                                        
  • Giancarlo Gomes Rodrigues                        
  • Guilherme Marques de Almeida                  
  • Hélio Ferreira Lima                                          
  • Jair Messias Bolsonaro                                
  • José Eduardo de Oliveira e Silva                  
  • Laercio Vergilio                                              
  • Marcelo Bormevet                                          
  • Marcelo Costa Câmara                                  
  • Mario Fernandes                                              
  • Mauro Cesar Barbosa Cid                                              
  • Nilton Diniz Rodrigues                                  
  • Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho 
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira            
  • Rafael Martins de Oliveira          
  • Reginaldo Vieira de Abreu
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo                  
  • Ronald Ferreira de Araujo Junior              
  • Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros          
  • Tércio Arnaud Tomaz                                    
  • Valdemar Costa Neto                                    
  • Walter Souza Braga Netto                          
  • Wladimir Matos Soares

Todos foram indiciados pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Fonte: O Tempo

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