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Professor patense comenta tema da redação do Enem 2022

"Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil" foi o tema da redação do Enem 2022

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2022 começou a ser aplicado no último domingo (13/11). Estudantes de todo o Brasil realizaram provas de Linguagens, Ciências Humanas e de Redação.

Considerada como um grande diferencial na nota final, a redação da edição deste ano teve o tema “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”.

Para analisar o tema que foi abordado na prova, o jornalismo do Sistema Clube conversou com Gustavo Resende, que é professor de Redação e Linguagens do Colégio Da Vinci.

Na oportunidade, o professor destacou diversos aspectos políticos e sociais em relação à escolha do tema para a prova deste ano.

De acordo com Gustavo, esse é um tema conhecido pela maioria dos alunos. Porém, o principal erro de alguns candidatos foi restringir a redação a comunidade indígena, esquecendo outros povos e comunidades tradicionais brasileiras como, por exemplo, os quilombolas, ciganos, comunidade de matriz africana, entre diversas outras.

De acordo com o entrevistado, o tema pegou muitos candidatos de surpresa.

“Não se esperava que no último ENEM do governo Bolsonaro […] fosse ser cobrado um tema ligado a minorias sociais. Porque não faz parte da agenda, da pauta do governo Bolsonaro”, explicou o professor patense.

Ainda durante a entrevista, Gustavo classificou a escolha deste tema como uma “pegadinha” do Ministério da Educação e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), responsáveis pela elaboração, com o governo Bolsonaro.

“Certamente o governo Bolsonaro não se felicitou ao ver o tema que de fato foi cobrado”, opinou o professor.

Em relação aos critérios de avaliação da redação do ENEM, Resende destacou que devem ser observados cinco critérios, sendo: a gramática; a compreensão do tema e aplicação das áreas de conhecimento; a capacidade de interpretação das informações e organização dos argumentos; o domínio dos mecanismos linguísticos de argumentação; e, por fim, a capacidade de conclusão com propostas coerentes que respeitem os direitos humanos.

Como dica para futuros vestibulares, Gustavo ressaltou a relevância dos candidatos acompanharem noticiários para estarem sempre preparados para temas atuais e de repercussão nacional. Outro ponto abordado pelo professor foi a prática, destacando a importância dos alunos produzirem pelo menos uma redação por semana, mas também garantindo o descanso, merecido e necessário.

Confira a entrevista na íntegra:

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