O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, morreu nesta quarta-feira (26), aos 77 anos. Internado no Hospital Mater Dei desde o dia 03 de janeiro, ele sofreu complicações de um linfoma não-Hodgkin. Fuad já havia se licenciado da prefeitura um dia após ser hospitalizado e, agora, de forma oficial, Álvaro Damião é o novo prefeito da capital mineira.
Nesta manhã, um boletim médico já havia sido divulgado em horário atípico e informou que Fuad sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite dessa terça-feira (25) e estava em estado ‘bastante grave’. O chefe do Executivo precisou ser reanimado, mas evoluiu com choque cardiogênico, necessitando de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas.
Fuad deixa a esposa, Mônica Drummond; dois filhos, Paulo Henrique e Gustavo; três irmãos, Lenita, Hélio e Márcia; e quatro netos.
Militar, economista e escritor, antes de ser político, Fuad serviu ao Exército brasileiro por 11 anos. Posteriormente, se formou e se especializou no ramo da economia, onde chegou a participar da formulação do Plano Real, na década de 1990.
A entrada na política ocorreu de forma tímida, com cargos nos bastidores no Governo Federal e no Governo de Minas Gerais, sendo a maioria deles envolta no meio econômico. Assim, Fuad foi nomeado secretário municipal de Fazenda pelo então prefeito de BH, Alexandre Kalil, em 2017. Posteriormente, foi convidado a se candidatar como vice-prefeito na disputa pela reeleição. Após a renúncia de Kalil, em 2022, Fuad assumiu a Prefeitura de Belo Horizonte por dois anos e nove meses.
Buscando a manutenção do cargo, disputou as eleições municipais enquanto realizava o tratamento de um linfoma não-Hodgkin. A campanha foi a primeira liderada por ele para ocupar um cargo político, enfrentando o desconhecimento como uma das maiores dificuldades, o que teria motivado a escolha do vice, o jornalista e ex-vereador Álvaro Damião (União Brasil).
Reeleito com 53,73% dos votos válidos, no segundo turno das eleições 2024, Fuad ocupou a cadeira do Executivo por três dias antes de se licenciar para cuidar da saúde, com o segundo diagnóstico de pneumonia em um mês. No fim de 2024, o prefeito foi internado para tratar quadros de neuropatia periférica, pneumonia e sinusite, diarreia e sangramento intestinal.
Fonte: Maria Clara Lacerda/O Tempo