Nesta sexta-feira (23/12), o balanço da educação em Patos de Minas em 2022 e a municipalização do ensino estadual estiveram entre os assuntos em destaque no DEBATE 98. O programa contou com a presença do presidente do Conselho Municipal de Educação, professor Eder Teixeira Piau. O bate-papo também recebeu a participação de ouvintes da Rádio Clube 98.
Questionado sobre como o município encerrou o ano de 2022 especificamente na questão da educação Eder Piau aproveitou a ocasião para destacar a importância da participação do controle social, por meio dos Conselhos, tais como aqueles da Saúde e Educação.
“Hoje os controles sociais são muito importantes porque são uma ferramenta que você tem que é a participação do cidadão. E às vezes o cidadã não entende muito bem qual é o seu papel nessa questão da gestão pública. […] A questão da educação não é a falta de dinheiro, é a forma com que eu uso esse dinheiro”, afirma o professor.
Piau ainda esclarece o trabalho desenvolvido pelo Conselho Municipal de Educação e explica o contexto que tornou possível tantas reformas em prédios voltados para o ensino em Patos de Minas nos últimos anos. Além disso, o professor também falou um pouco sobre como funciona o direcionamento de verbas para a educação no município.
“Em Minas Gerais, tem um grupo de pesquisa da UFU que está fazendo esse mapeamento, tem quase R$1 bilhão que não foi gasto direto com escolas. Veio o dinheiro para as escolas, mas as diretoras por não entenderem a legislação e não saberem como gastar, não gastaram. A educação falta dinheiro? Não falta dinheiro, falta gestão pública. Falta dar curso para que os diretores saibam o que pode e o que não pode”, destaca.
O presidente do Conselho ainda esclareceu e explicou por que os educadores municipais patenses não vão receber um “14º salário” do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).
Outro ponto de destaque no Debate 98 desta sexta-feira (23/12) foi a municipalização do ensino estadual. Segundo Eder Piau, a proposta do Estado chegou a R$80 milhões. Porém, por insistência do Conselho Municipal de Educação, a Secretaria de Administração e Diretoria Financeira da Prefeitura fizeram as contas e chegaram ao resultado de prejuízo anual de R$6 milhões.
Confira o Debate 98 na íntegra: