As mulheres representam 75% das microempreendedoras que atuam na área da beleza, uma das mais lucrativas do país, em Minas Gerais. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o Brasil tem o 3º maior mercado consumidor do mundo.
Algumas mulheres, em grande maioria, veem no empreendedorismo de beleza a chance inicial de complementar a renda com algo que domina. Uma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (SEBRAE-MG) em 2024, aponta que 70% das mulheres empreendedoras em Minas Gerais também são responsáveis pelos afazeres domésticos.
“A dificuldade dessa conciliação de casa, filhos e negócios, ela é muito evidente em todas as pesquisas que a gente faz. E isso impacta diretamente no negócio, porque a mulher investe menos tempo, ela se planeja de forma um pouco mais atribulada e muitas vezes não consegue focar nas vendas e no seu cliente”, pontua a analista do SEBRAE Michelle Chalub.
Apesar do número crescente na área, não é de hoje que as mulheres buscam no ramo da moda e beleza uma forma de complementar renda. Quem nunca comprou das mãos de revendedoras com as tradicionais revistas de cosméticos?
Mesmo com a explosão da internet, vendas on-line e abertura de lojas físicas, muitas mulheres ainda sobrevivem como consultoras de beleza. E elas garantem que grande parte das clientes ainda são adeptas aos catálogos físicos.
Segundo levantamento da Natura e Avon, líderes no ramo nacional, a venda por catálogos físicos ainda movimenta R$ 1,8 milhão no país. O Brasil também é o 3º país no mundo em lançamento de produtos de beleza, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e China.
Fonte: O Tempo