Uma mulher de 32 anos foi presa em flagrante por injúria racial na noite deste sábado (13), em um terminal rodoviário de Patos de Minas. A vítima, um homem de 24 anos, é funcionário da empresa de ônibus que prestava atendimento à mulher e sua mãe.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher e sua mãe tentaram embarcar em um ônibus com destino a Goiânia, mas foram informadas pelo motorista de que a passagem era para o dia seguinte. Elas então se dirigiram ao guichê da empresa para solicitar o reembolso das passagens.
O funcionário do guichê, que é a vítima, começou a fazer o procedimento de reembolso quando a mulher teria proferido as ofensas. Ela teria dito que o procedimento estava sendo feito de forma lenta porque o funcionário era negro.
A vítima disse que ficou constrangido com as ofensas e que decidiu chamar a polícia. Os militares chegaram ao local e a mulher foi presa. Ela alegou que não havia ofendido o funcionário e que apenas disse que ele era lento.
A mulher foi encaminhada para a delegacia e será indiciada por injúria racial. A vítima também disse que tem interesse em representar contra a mulher.
Casos de injúria racial no Brasil
O caso de injúria racial em Patos de Minas é mais um exemplo da violência racial que ainda persiste no Brasil. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022 foram registrados 20.344 casos de injúria racial no país.
A injúria racial é um crime previsto no artigo 140 do Código Penal, que define como crime “ofender a dignidade ou o decoro de outra pessoa, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação”. A pena prevista é de reclusão de um a três anos e multa.
É importante denunciar casos de injúria racial às autoridades policiais. A denúncia pode ser feita na delegacia mais próxima ou pelo telefone 190.