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Manifestação de pais e alunos em Patos de Minas pede o fim da greve nos IFTMs

Eles alegam que os filhos estão sendo prejudicados com o movimento grevista.

A manifestação foi realizada por pais e alunos do Instituto em Patos de Minas. A concentração foi em frente ao Parque Municipal do Mocambo na manhã desse sábado (08/06). Com faixas com dizeres em defesa da educação e  balões coloridos, eles pediram o fim do movimento grevista nos institutos federais, alegando que os estudantes estão sendo prejudicados.

A greve nos Institutos Federais começou em 19 de abril.  Com a deflagração, as unidades de ensino decidiram pela suspensão de seus calendários acadêmicos. Os servidores do  Campus Patos de Minas aderiram ao movimento grevista no dia 22 de abril. Já são quase 50 dias sem aulas por causa da greve nos campis do  IFTM.

Reja Ferreira, mãe de uma aluna do IFTM/Patos de Minas, diz que os estudantes estão sendo prejudicados com a greve. “Nossos filhos estão fazendo o ensino médio e não tem estrutura par suportar tanto tempo assim. Além disso, muitos vão fazer provas do Enem e sem aulas como vai ficar o desempenho deles? Sabemos que a reivindicação dos educadores é legitima, mas o governo precisa olhar também o lado dos estudantes”, afirmou. A estudante Luiza Ferreira, alega que mesmo com todo esforço é difícil estudar em casa sem orientação do professor. “ “É o nosso futuro que esta em jogo”, disse. Uma carreata segui por ruas da cidade até o campus IFTM/Patos de Minas.

Os grevistas também foram convidados a participar da manifestação, porem não comparecerem. Em nota emitida pela Comissão Local de Greve do campus Patos de Minas – IFTM, os professores alegaram que não iriam participar da manifestação, e que o retorno às aulas não depende exclusivamente doa servidores de Patos de Minas e que na próxima semana haverá nova rodada de negociações.

Segue a nota;

Prezados(as), Nós, da Comissão Local de Greve do campus Patos de Minas, gostaríamos de externar nossa perspectiva coletiva sobre a manifestação proposta (“carreata”) pelos responsáveis de estudantes do IFTM Patos de Minas e agendada para o próximo sábado. Inicialmente, é válido destacar que, assim como os pais, comungamos da preocupação com a qualidade da educação ofertada e nos comprometemos a realizar uma reposição do período em greve que atenda a excelência por vocês exigida e pela qual nos confiaram à missão da aprendizagem de seus filhos.

Manifestamos igualmente nossa apreensão quanto ao tempo de duração da paralisação contínua, sobretudo em razão dos obstáculos colocados pelo governo durante as negociações, sabidamente a fim de desgastar o movimento grevista e colocar a sociedade contra nossas pautas e estratégias de luta. Por esses e outros motivos, estamos vivenciando um momento de acirramento dos ânimos e de pressão de vários setores.

Diante disso, informamos que não participaremos da “carreata” proposta, haja vista que algumas das demandas, entre as quais a “volta imediata das aulas”, são antagônicas às estratégias de luta do movimento grevista de servidores federais. Mais do que isso, o movimento de greve do campus Patos de Minas se soma a outros 450 campi em todo o país e responde a questões de âmbito nacional e que, infelizmente, não podem ser resolvidas apenas localmente. Somos representados por um sindicato (SINASEFE), que é a instituição que negocia diretamente com o governo e consulta às bases (servidores federais de todo o território nacional) sobre o aceite ou a recusa das propostas ofertadas.

Em outras palavras, o término da greve não depende exclusivamente de nós, servidores de Patos de Minas. Na próxima semana, ocorrerão mesas de negociações marcadas entre os sindicatos e o governo em Brasília. Diante desse cenário, precisamos mais do que nunca fortalecer o movimento grevista e aguardar novos posicionamentos. Estamos à disposição para ouvir pais, mães e responsáveis por estudantes em uma reunião cordial e civilizada, desde que previamente agendada entre as partes.

Atenciosamente,

Comissão Local de Greve do Campus Patos de Minas.

As negociações com o governo federal se arrastam e entre as reivindicações dos grevistas, estão reestruturação das carreiras dos servidores das instituições públicas federais de ensino; recomposição do orçamento dessas instituições; reajuste dos auxílios e bolsas estudantis; e revogação de atos normativos que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022). Docentes e técnico-administrativos de institutos e universidades alegam que estão sem reajuste salarial desde 2016, ou seja, são oito anos sem recomposição de salário, não acompanhando nem a inflação do país. 

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