Para a manhã desta terça-feira (04/04), a partir das 10h, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) marcou um ato público na porta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, para protestar contra o reajuste de 298% no salário do governador, 267% no do vice e 247% no subsídio de secretários do estado. Segundo divulgado pelo sindicato, a intenção é também dialogar com os deputados e deputadas sobre essa situação.
Sem Piso Salarial, sem os reajustes concedidos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) desde 2018 e, hoje, recebendo um valor abaixo do Piso Nacional, a categoria considera imoral e sem propósito o reajuste salarial que está em tramitação na ALMG para o governador e seus secretários.
“Quase 300% de aumento para um governador que não paga o Piso Salarial do profissional da educação, que utiliza os recursos do Fundeb para outras áreas que não são da educação. Um reajuste nunca antes visto em Minas para esses cargos, quando uma Auxiliar de Serviços da Educação Básica estão recebendo menos do que um salário mínimo. Isso é vergonhoso!”, afirma Denise Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG.
O projeto foi proposto pela Mesa da ALMG a pedido do governador Romeu Zema, que diz ser o reajuste necessário para “manter os mais competentes nos quadros técnicos”. O projeto estabelece que a remuneração do governador, que atualmente é de R$ 10.500, passe para R$ 41.845,49 a partir de 2025, uma alta de 298%.
“É um vexame o que vem acontecendo em Minas Gerais, um crime já que o governo não cumpre a Lei e penaliza os profissionais da educação. Não nos calarão, merecemos respeito e o reajuste de salário conforme determina a legislação do piso”, declara Denise.
A proposta também prevê um aumento no salário do vice-governador de 267% e o subsídio dos secretários de estado, atualmente em R$ 10.000, seria ampliado em 247%.