O confronto entre Mamoré e URT, realizado na noite desta segunda-feira (19) no Estádio Bernardo Rubinger de Queiroz, em Patos de Minas, terminou em confusão generalizada nas arquibancadas. A partida, válida pela 4ª rodada do Módulo II do Campeonato Mineiro, foi interrompida por cenas de pânico após a Polícia Militar utilizar spray de pimenta e uma granada de efeito moral para conter os ânimos da torcida.
De acordo com o subcomandante do 15º Batalhão da PM, major Diomásio Júnior, a confusão começou quando um jogador recolheu um copo arremessado no campo e foi seguido por novos objetos lançados das arquibancadas. Ainda segundo a PM, um torcedor teria jogado um artefato explosivo em direção aos policiais, o que motivou a reação com a granada.
Estilhaços do dispositivo atingiram torcedores da URT, incluindo familiares do prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão. Em nota divulgada nas redes sociais, Falcão criticou a ação da PM, relatando que seu pai, de quase 70 anos, e seu filho pequeno estavam entre os feridos. “É inadmissível que um momento de lazer se transforme em cena de pânico e violência”, afirmou, cobrando providências imediatas.
Veja nota do Prefeito Luís Eduardo Falcão
A diretoria da URT também se manifestou oficialmente, alegando tratamento desigual por parte das forças de segurança. Segundo o clube, a torcida do Mamoré utilizou artefatos proibidos sem sofrer repressão, enquanto a torcida da URT foi atingida com gás e bombas, mesmo estando em um setor destinado a famílias, idosos e patrocinadores. Alguns torcedores precisaram de atendimento hospitalar.
Veja nota da diretoria da URT
A Polícia Militar instaurou um inquérito para apurar os fatos. Serão ouvidos torcedores feridos, os militares envolvidos e será feita a análise de imagens registradas por veículos de imprensa e pela transmissão oficial no YouTube.
Até a publicação desta matéria, o Esporte Clube Mamoré ainda não havia se pronunciado sobre o ocorrido.
Veja nota da Deputada Estadual Ludimila Falcão