A Polícia Militar foi acionada na noite desta quarta-feira (03) para atender uma ocorrência de agressão e disparos de arma de pressão no bairro Santa Terezinha, em Patos de Minas. A primeira denúncia informava que um homem estaria agredindo uma mulher em via pública. Logo depois, outra ligação relatou que um morador havia sido atingido por disparos de arma de fogo no mesmo local.
Ao chegar à rua, os policiais constataram que se tratava de uma briga entre vizinhos, envolvendo agressões físicas, danos materiais e o uso de uma arma de ar comprimido, que não possui potencialidade letal. De acordo com o registro policial, uma mulher de 48 anos contou que estava dentro de sua residência quando ouviu um tumulto envolvendo seu filho de 23 anos e o vizinho de 42 anos. Ela afirmou que que o homem teria chutado seu portão e iniciado agressões. Em seguida, segundo seu relato, o homem e o genro de 36 anos passaram a lançar pedras e tijolos contra a casa, causando danos no muro e no portão.
O jovem de 23 anos disse aos policiais que estava na porta de casa quando viu o homem de 42 anos vindo em sua direção com uma garrafa de vidro. Ele correu para dentro do imóvel, pegou uma arma de pressão e efetuou alguns disparos em direção ao vizinho, que ainda estava na porta. Após os tiros, afirmou que o homem e o genro continuaram jogando pedras e tijolos contra a casa.
O homem de 42 anos relatou que estava na casa da sogra ajudando em uma reforma quando foi surpreendido pelos disparos realizados pelo o jovem. Ele disse que tentou correr, mas ainda assim foi atingido na face e na região da nuca, sofrendo lesões confirmadas no atendimento médico posterior. O genro do homem afirmou que também estava realizando reforma em sua residência quando ouviu o sogro pedindo socorro após ser atingido. Ele negou qualquer agressão contra o jovem e sua mãe.
Durante buscas na casa de do jovem, os policiais encontraram a arma de ar comprimido utilizada nos disparos, além de uma pequena porção de uma substância semelhante à maconha e cápsulas compatíveis com o armamento. Ele informou que realiza acompanhamento no CAPS-AD devido a transtornos relacionados à agressividade.
O homem foi encaminhado ao Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), onde permaneceu em observação com ferimentos no rosto e na parte posterior da cabeça. Os envolvidos receberam voz de prisão pelos crimes de lesão corporal e dano, mas foram liberados após assinatura de termos de compromisso na Delegacia de Polícia e demais documentos previstos em lei.
