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Brasil recebe primeiro lote de medicamento para tratar câncer de mama pelo SUS

A chegada desse lote é uma notícia de esperança para muitas mulheres que dependem do SUS
Foto: Rovena Rosa/Agência Bras
Em uma ação considerada histórica para a oncologia brasileira, o Ministério da Saúde anunciou que o país recebeu nesta segunda-feira (13) o primeiro lote do fármaco trastuzumabe entansina, também conhecido comercialmente como Kadcyla,  para uso no Sistema Único de Saúde (SUS).
Esse remédio é indicado especialmente para pacientes com câncer de mama do tipo HER2-positivo, que permaneceram com doença após o tratamento inicial com quimioterapia. Ele atua como terapia de “resgate”, buscando eliminar células tumorais remanescentes e diminuir o risco de recidiva.
Da remessa recebida, foram disponibilizadas 11.978 unidades do medicamento. Ao todo, o governo federal planejou adquirir 34,4 mil frascos-ampola, com um investimento de cerca de R$ 159,3 milhões. A expectativa é que essa quantidade cubra 100% da demanda atual pelo medicamento no SUS.
As próximas entregas estão previstas para dezembro deste ano, março e junho do próximo ano. Este pacote logístico permite que 1.144 pacientes sejam beneficiados já em 2025. A distribuição será feita pelas Secretarias Estaduais de Saúde, que seguirão os protocolos clínicos vigentes para oferecer o remédio a quem se enquadrar nos critérios.
Segundo o diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto Campello Carvalheira, esse avanço representa “um salto gigantesco para a oncologia nacional”. Ele destacou que o medicamento tem potencial para:
  • Reduzir em até 50% a mortalidade de quem tem câncer de mama HER2-positivo;
  • Diminuir o risco de recorrência local da doença;
  • Estar disponível para tratamento já entre o fim de outubro e o início de novembro, conforme logística permita.
O trastuzumabe entansina foi incorporado ao SUS em 2022, embora até então o Brasil ainda enfrentasse dificuldades para realizar entregas regulares e atender integralmente à demanda. A chegada desse lote marca, portanto, um momento simbólico e prático dentro da estratégia nacional de ampliar o acesso a terapias oncológicas modernas.
Esse avanço também insere-se no contexto do Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, reforçando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos eficazes.
Ainda que essa entrega represente um passo decisivo, há desafios pela frente:
  • Garantir que os próximos lotes sejam entregues sem atrasos, evitando rupturas no fornecimento;
  • Fazer com que o medicamento chegue rapidamente às pacientes em todas as regiões, inclusive nas mais remotas;
  • Monitorar os resultados reais em termos de sobrevida e qualidade de vida, para que esse esforço se traduza em benefícios concretos;
  • Articular a capacitação de equipes médicas, infraestrutura hospitalar e logística para suportar a demanda crescente por novos tratamentos oncológicos.
Mesmo com esses desafios, a chegada desse lote é uma notícia de esperança para muitas mulheres que dependem do SUS e representam um símbolo de que políticas públicas de saúde podem avançar para ampliar o acesso a terapias modernas.
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