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Após tensões com os EUA, Brasil avalia desenvolvimento de sistema próprio de geolocalização (GPS)

O prazo para conclusão dos trabalhos é de 180 dias, contados a partir de 14 de julho, e o relatório será entregue ao Gabinete de Segurança Institucional

A discussão sobre um possível bloqueio do GPS no Brasil gerou grande repercussão nas redes sociais no último fim de semana. A polêmica teve início após declarações de aliados de um ex-presidente brasileiro, que apontaram a possibilidade de novas sanções por parte dos Estados Unidos, incluindo a restrição ao uso de satélites e do sistema de geolocalização GPS.

Em meio às tensões diplomáticas entre os dois países, o governo brasileiro decidiu iniciar estudos para avaliar a criação de um sistema nacional de geolocalização por satélite. A proposta busca reduzir a dependência do GPS norte-americano e ampliar a soberania tecnológica do país.

O grupo técnico encarregado da análise foi instituído no início de julho por meio da Resolução nº 33, do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. A equipe é composta por representantes da Aeronáutica, de ministérios, de agências e institutos federais, além de membros da indústria aeroespacial nacional. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 180 dias, contados a partir de 14 de julho, e o relatório será entregue ao Gabinete de Segurança Institucional.

A medida foi realizada pouco antes do anúncio da taxação dos  Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que passarão a pagar uma tarifa de 50% para entrar no território norte-americano. Os estudos também tiveram início duas semanas anteriores ao debate sobre uma possível restrição do GPS ao Brasil.

Segundo o diretor de Gestão de Portfólio da Agência Espacial Brasileira, Rodrigo Leonardi, os boatos não têm base concreta, já que não há nenhum posicionamento oficial por parte de autoridades norte-americanas sobre a interrupção do serviço de GPS no país.

Primeiro, porque não houve nenhum comunicado, de nenhuma autoridade norte-americana, sobre a remota possibilidade dos EUA restringirem o uso do GPS no Brasil. Depois porque, mesmo que isso acontecesse, o que seria uma situação muito drástica e improvável, há alternativas ao GPS”, assegurou o diretor Rodrigo Leonardi.

Fonte: Agência Brasil

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