O setor de saúde em Minas Gerais deve movimentar cerca de R$ 51,9 bilhões até o final deste ano. Este volume posiciona o Estado como o segundo que mais gasta com saúde no Brasil, o que representa um crescimento de 10,6%, frente ao apurado em 2023.
O estado mineiro fica atrás somente de São Paulo, que registrou quase R$ 138 bilhões com gastos em saúde até dezembro. Já na comparação entre 2023 e 2024, o Piauí contabiliza a maior alta — de 16,8% — nas despesas com saúde, resultando em mais de R$ 3,5 bilhões desembolsados pelas famílias naquele estado.
Os dados são da Pesquisa IPC Maps, divulgada recentemente, e que analisa o potencial de consumo dos brasileiros há 30 anos, com base em informações oficiais.
Quando levado em consideração o mercado de saúde em todo o País, a movimentação deve somar cerca de R$ 451 bilhões até dezembro deste ano, o que corresponde a um aumento de 8,8% em relação ao ano anterior.
Conforme o levantamento, os brasileiros devem desembolsar R$ 236,4 bilhões apenas com planos de saúde e tratamentos médico e odontológicos, além de R$ 214,5 bilhões em medicamentos em 2024.
Os cálculos incluem despesas com:
- medicamentos,
- itens para curativos,
- bens e serviços relativos a planos de saúde,
- exames e tratamentos médicos.
Aumento da população idosa impulsiona mercado de saúde
O porta-voz do IPC Maps, Marcos Pazzini, explica que essa movimentação prevista para o setor este ano tem como fator o aumento da população idosa que, segundo ele, contribui com uma maior demanda por medicamentos e cuidados médicos. Ele também observa que há um crescimento, embora em ritmo mais lento, na quantidade de farmácias no Brasil.
De acordo com os dados informados pela entidade, entre 2023 e 2024, foram criados aproximadamente 4.227 estabelecimentos do ramo, o que equivale a 3,5% de alta. Com isso, o Brasil conta, atualmente, com 123.565 farmácias e drogarias.
Veja o ranking completo dos gastos com saúde no Brasil:
- São Paulo: R$ 137,9 bilhões
- Minas Gerais: R$ 51,9 bilhões
- Rio de Janeiro: R$ 43,5 bilhões
- Rio Grande do Sul: R$ 30,6 bilhões
- Bahia: R$ 23,3 bilhões
- Paraná: R$ 23,2 bilhões
- Santa Catarina: R$ 20,2 bilhões
- Goiás: R$ 16 bilhões
- Pernambuco: R$ 13,9 bilhões
- Espírito Santo: R$ 11,7 bilhões
- Ceará: R$ 11 bilhões
- Distrito Federal: R$ 8 bilhões
- Mato Grosso: R$ 7,4 bilhões
- Pará: R$ 7,2 bilhões
- Mato Grosso do Sul: R$ 5,9 bilhões
- Maranhão: R$ 5,7 bilhões
- Paraíba: R$ 5,6 bilhões
- Rio Grande do Sul: R$ 5,4 bilhões
- Alagoas: R$ 4,5 bilhões
- Sergipe: R$ 3,7 bilhões
- Piauí: R$ 3,5 bilhões
- Amazonas: R$ 3,1 bilhões
- Rondônia: R$ 2,4 bilhões
- Tocantins: R$ 1,9 bilhões
- Amapá: R$ 7,9 milhões
- Acre: R$ 7,3 milhões
- Roraima: R$ 5,4 milhões