Na noite desta terça-feira (29/08), a Polícia Militar prendeu um casal que mantinha um homem, de 38 anos, sob tortura e ameaçava matá-lo, caso a mãe dele não realizasse a compra ou conserto de um carro. A prisão aconteceu no Bairro Jardim Quebec em Patos de Minas. Os suspeitos chegaram a mandar vídeos da tortura para a mãe da vítima.
Segundo informações da Polícia Militar, a mãe contou aos policiais que o filho havia saído recentemente de uma clínica de recuperação de usuários de drogas. O homem, de 38 anos, chegou a ficar dois dias tranquilo em casa, porém saiu na tarde desta terça-feira.
Logo depois sair da residência, ele voltou para casa em um veículo e informou que este estava à venda, pedindo para que a mãe realizasse a compra. Diante da negativa, o filho saiu no veículo e não foi mais visto pela mulher.
Horas depois, a mãe começou a receber mensagens ameaçadoras contra a vida do filho. O criminoso alegava que o homem havia fundido o motor do carro e que os custos de reparo custaria cerca de R$10 mil. Caso ela não pagasse ou acionasse a polícia, o filho dela seria decapitado. As mensagens diziam ainda que o filho dela estava sendo julgado pelo “Comando”.
O criminoso chegou a mandar um vídeo para a solicitante, onde o homem estava amarrado e era agredido com pauladas. A Polícia Militar foi acionada e, através de rastreamentos, conseguiu identificar o suposto autor das agressões. Os policiais foram na casa dele e encontraram o homem, de 38 anos, em uma casa abandonada, vizinha à casa do suspeito, de 24 anos.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, o telefone usado para o envio das mensagens seria o aparelho celular da companheira do suspeito, uma jovem de 23 anos. Ela relatou que a vítima chegou ao local com intuito de adquirir o carro e a teria solicitado o aparelho telefônico para que mandasse mensagem para a mãe.
Diante da situação, o casal foi detido por suspeita de tortura, ameaça e lesão corporal. O homem, de 38 anos, recebeu atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas com ferimentos nas costas. Ele também foi encaminhado para a delegacia de Polícia Civil.
Ele não quis falar com os policiais militares, dizendo que só contaria a versão dele para o delegado. O aparelho telefônico da jovem foi apreendido, porém o suspeito teria apagado as mensagens.